Jornada afeta professor e aluno, diz docente
A baiana Ivone Anunciação Souza, 43, não se conforma. Ela trabalha na rede municipal de Salvador, que descumpre a lei dos professores e não lhe dá um terço de sua jornada para preparar aulas ou corrigir provas.
Ivone, que ensina em dois turnos (à noite, para jovens e adultos), diz que isso compromete a qualidade do curso e de sua vida.
"Nós também temos relações interpessoais e nosso futuro. Isso tudo fica prejudicado quando se tem uma pilha de provas para corrigir ou três empregos", diz.
Em 2011, o STF (Supremo Tribunal Federal) julgou que a reserva do chamado terço extraclasse é constitucional.
"Assim como vocês, repórteres, precisam de tempo para apurar uma história e depois escrevê-la, o professor precisa para fazer seu planejamento pedagógico", diz.
O professor Arlindo César, 24, concorda.
"Por enquanto não tenho filhos e estou sem namorar. Como conseguirei ter uma vida normal no ritmo que levo?", questiona.
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