Fuvest ocorre neste domingo com recorde de candidatos
A primeira fase da Fuvest ocorre amanhã com recorde de inscritos: mais de 172 mil candidatos competem por 11.057 vagas. A segunda etapa será de 5 a 7 de janeiro.
O vestibular seleciona alunos para a principal universidade do país, a USP (Universidade de São Paulo), e para a faculdade de medicina da Santa Casa de São Paulo.
O número de candidatos aumentou 7% em relação ao exame anterior, que contava com 159 mil vestibulandos.
Dados tabulados pela Folha mostram uma tendência de aumento da demanda pelas vagas da USP.
Nos últimos dez anos, o número de inscritos na Fuvest cresceu 11,3% --em 2005, eram 154 mil.
Já as vagas tiveram uma expansão menor, de 6,7%.
Em média, o número de novas vagas nos cursos da USP não passou de 76 de um vestibular a outro desde 2005, quando foi inaugurado o campus leste da USP.
Do exame passado para este, por exemplo, o crescimento foi de 75 vagas.
O último "boom" de novas vagas ocorreu justamente com a criação da USP Leste.
De uma vez só, a universidade acrescentou pouco mais de mil vagas para atender dez novos cursos, como gerontologia e obstetrícia.
Agora, o campus leste da USP pode ter as aulas interrompidas em 2014. A Justiça determinou que as 4.000 pessoas que circulam pelo campus --entre professores, alunos e técnicos-- terão de deixar o local por causa de um problema ambiental.
RUMO AO INTERIOR
Desde a expansão da USP no campus leste, a universidade decidiu se interiorizar.
Em Lorena (a 198 km de São Paulo), a escola ergueu um polo de ensino das engenharias, uma das principais demandas nacionais, com seis especialidades.
Apesar de ser considerado um dos movimentos mais importantes de expansão, a demanda caiu justamente nos cursos de Lorena.
Quatros deles registraram uma queda expressiva de inscritos, com destaque para as engenharias química e ambiental. Cada uma perdeu mais de 300 candidatos no vestibular 2014.
CURSOS À DISTÂNCIA
Para Carlos Vogt, ex-reitor da Unicamp e especialista em ensino superior, os movimentos de expansão da universidade tendem a ser limitados. A aposta agora é para os cursos à distância.
"Eles são menos onerosos, mais ágeis e estão crescendo em excelência. As universidades estão acordando para esse processo."
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