Unesp consegue liminar para impedir que grevistas bloqueiem portões
A Justiça de São Paulo concedeu uma liminar à Unesp proibindo que funcionários grevistas façam um "trancaço" –como é chamado o protesto com fechamento dos portões da universidade. O ato estava sendo convocado por redes sociais para a próxima quinta-feira (31) no campus de Marília (a 435 km de São Paulo).
Na decisão desta terça-feira (29) a juíza Liliane Keyko Hioki, da 3ª Vara de Fazenda Pública, determina que os grevistas "abstenha-se de atos atentatórios à posse da autora [Unesp], em quaisquer dos campus dela, tais como, ocupações ilícitas, depredações, bloqueios em entradas de prédios administrados pela autora ("trancaços") e atos outros semelhantes".
A Justiça também determinou uma multa diária de R$ 10 mil contra o Sintunesp (Sindicato dos Trabalhadores da Unesp) no caso de descumprimento da liminar. O sindicato foi procurado por telefone, na noite desta terça, mas ninguém foi localizado para comentar a decisão.
Segundo a Unesp, desde o início da greve de funcionários e professores, foi registrado um trancaço no campus de Marília no início de julho. Na ocasião, o bloqueio dos portões da instituição durou todo o dia, com a realização de debates e atividades artísticas pelos alunos que participaram do ato.
Os professores e funcionários da Unesp estão parados desde 27 de maio por reajuste salarial. Para este ano, os reitores dizem não ter condições orçamentárias para conceder aumentos.
Na semana passada, a Justiça paulista já tinha determinado a reintegração de posse da USP (Universidade de São Paulo). A liminar também impede que os grevistas façam piquetes e interrompam o acesso aos prédios do campus.
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