Universidades federais pedem que União não corte verba da área
Instituições ligadas à educação, coordenadas por reitores das universidades federais, lançam nesta sexta-feira (10) manifesto contra corte orçamentário federal para a área.
Desde o início do ano, as instituições federais reclamam da insuficiência nas verbas de custeio.
"Como ainda não saiu o decreto orçamentário [do governo federal], não sabemos se haverá cortes. Nossa defesa é que não haja", disse a reitora da Unifesp (federal de SP), Soraia Smaili.
"A educação é um direito. E a própria presidente Dilma defende que não pode haver redução de direitos", completou.
Entretanto, o novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, já reconheceu que a pasta terá que dar contribuição ao ajuste fiscal.
Devem participam do lançamento do manifesto, na sede da Unifesp (zona sul de SP), reitores, secretários de Educação e ONGs.
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Reitora da Unifesp, Soraia Smaili |
CORTE DE GASTOS
Em meio a cenário de crise orçamentária, universidades públicas paulistas cortam gastos. Unicamp e Unesp decidiram suspender contratações ou aumentos salariais via progressão na carreira. As medidas são semelhantes às tomadas pela USP no ano passado –e que estão mantidas para 2015.
Há o temor entre os reitores de que ocorra queda neste ano nos repasses do governo estadual, principal fonte de renda dessas universidades públicas. Nos últimos meses, já cresceram menos do que a inflação, devido ao desaquecimento econômico.
As universidades recebem 9,57% da cota do Estado no ICMS (principal imposto estadual). Com desaquecimento da economia, desde agosto de 2014 essa arrecadação cresce menos que a inflação.
Editoria de arte/Folhapress | ||
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