"Se eu tiver câncer, vou saber que fiz tudo o que podia para viver", diz escritora
A psicanalista e escritora Rosália Misztajn, 61, tinha 41 anos quando perdeu a mãe, que teve câncer de mama. Ela descobriu ter as alterações genéticas que aumentam o risco da doença e fez a retirada das mamas há quatro anos, e a dos ovários, há dois.
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Rosália escreveu um livro sobre suas experiências, "A História dos Seios" (ahistoria dosseios.blogspot.com.br).
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"Faço mamografia de rotina e um dia a radiologista achou uma manchinha, uma coisa mínima. Como minha mãe morreu aos 62 anos de câncer, me consultei com um geneticista para saber se valeria a pena fazer uma mastectomia preventiva. Deu a alteração no gene BRCA 1.
Pude fazer um tratamento preventivo que minha mãe não teve e acho que não vou passar pelo que ela passou. Eu a vi sofrer e aquilo ficou pairando sobre mim. Se eu tiver câncer, tenho a consciência de que fiz tudo para viver.
Não senti muito a ausência da mama porque colocaram a prótese no mesmo momento da retirada.
As pessoas se afastaram um pouco, como se o risco da doença pudesse 'contagiar'. Não querem pensar na possibilidade de viver a mesma história.
Mas tive todo o apoio do meu ex-marido e dos filhos. Fui corajosa."
Livraria da Folha
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