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27/09/2012 - 14h43

Atletas olímpicos que faltaram a antidoping não são punidos

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DA REUTERS

Alguns atletas que faltaram a exames antidoping durante a Olimpíada de Londres escaparam de punições, segundo uma comissão que avaliou os procedimentos adotados no evento.

Os nove integrantes do chamado Observatório Independente compilaram o relatório, que foi divulgado pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). Eles disseram que vários atletas deixaram de fazer exames exigidos, mas atribuíram isso a uma confusão relacionada ao Passaporte Biológico do Atleta.

Esse sistema, que estreou na Olimpíada de Londres, foi criado para que as autoridades desportivas pudessem comparar amostras colhidas durante a competição com um perfil sanguíneo pré-existente de cada atleta, permitindo a identificação de anomalias.

Mas sua adoção foi problemática. "O processo pelo qual os atletas foram notificados para a sua escolha para esses exames pode ser melhorada", disse o relatório. "Como o Comitê Olímpico Internacional transferiu às federações internacionais relevantes a responsabilidade por notificar os atletas sobre esses exames, os atletas foram obrigados a se apresentar para os exames em um momento e local específicos. Foi observado que em alguns casos os atletas deixaram de se apresentar ao controle de doping no momento marcado."

"Como não havia nenhum procedimento por escrito disponível para o pessoal do controle de doping nessas situações, nenhuma consequência por deixar de comparecer parece ter sido imposta pelo COI ou pelas federações internacionais relevantes."

O relatório recomendou que os testes previamente agendados no âmbito do PBA só sejam realizados em situações muito específicas, já que a marcação prévia poderia permitir manipulações.

O relatório, embora elogie em termos gerais as medidas antidoping nos Jogos de Londres, identificou uma falta de informação sobre o paradeiro dos atletas como sendo um problema em potencial, e disse que os comitês olímpicos nacionais deveriam sofrer sanções caso deixem de fornecer informações relevantes.

"A eficácia dos testes pode ser afetada pela falta de informações precisas sobre o paradeiro [dos atletas]. O COI deveria considerar a aplicação de sanções para assegurar que todos os comitês olímpicos nacionais forneçam informações sobre o paradeiro dos seus atletas no máximo até duas semanas antes do início do período dos Jogos Olímpicos."

O programa antidoping da Olimpíada de Londres foi o mais amplo da história. Mais de 5.064 amostras foram examinadas, além de 430 amostras colhidas em conjunto com as federações internacionais que operavam um programa de PBA.

Oito resultados positivos foram registrados -- dois de exames durante a competição, e seis de controles prévios à disputa.

 

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