Após denúncia, Grondona anuncia que deixará Associação de Futebol da Argentina em 2015

O presidente da AFA (Associação de Futebol da Argentina), Julio Grondona, 82, anunciou nesta terça-feira que deixará seu cargo na entidade em 2015, quando vence seu nono mandato, após 34 anos no poder.

• 'France Football' diz que Qatar comprou a Copa de 2022 e implica Ricardo Teixeira

Jorge Adorno/Reuters

Julio Grondona espera por sessão de fotos na Confederação Sul-Americana de Futebol, em fevereiro, no Paraguai

O anúncio de Grondona coincide com a publicação da revista francesa "France Football" que diz que o Qatar pagou para conseguir sediar a Copa do Mundo de 2022.

Segundo a revista, Grondona está sendo investigado por relações comerciais com o Qatar, entre eles o fato de a Argentina ter enfrentado o Brasil, em Doha, dias antes da votação. O Qatar pagou US$ 7 milhões (equivalente hoje a R$ 14 milhões) para realizar esta partida, aponta a publicação.

A publicação francesa, que tem parceria com a Fifa na premiação de melhor do mundo, implica ainda altos dirigentes do futebol mundial, como Ricardo Teixeira (então presidente da CBF), o paraguaio Nicolás Leoz (presidente da Conmebol), o francês Michel Platini (presidente da Uefa) e até o ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy.

Mandatário no futebol argentino e vice-presidente da Fifa, Grondona disse nesta manhã na "Radio 10" que terminará seu mandata à frente da AFA e passará o cargo à nova geração de dirigentes.

Presidente da AFA desde 1979, ele afirmou estar cansado para manter os postos na Argentina e na Fifa. Ele também agradeceu a ajuda da presidente argentina Cristina Kirchner.

O presidente da AFA comanda também a Comissão de Finanças e o Conselho de Mercadotecnia e Televisão da Fifa.

Durante a gestão Grondona, a Argentina ganhou a Copa do Mundod e 1986, duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004 e Pequim-2008 além da Copa América em 1991 e 1993.

	Divulgação
	Reprodução da capa da revista 'France Football'