06/04/2013 - 06h04

'Mascote' de Bernardinho disputa nona final seguida da Superliga em busca do hexa

MARCEL MERGUIZO
DE SÃO PAULO

Bernardinho e Amanda se conheceram em Saquarema (RJ), em 2004. Ele comandava a seleção masculina enquanto ela treinava com uma seleção brasileira de base.

Naquele encontro a jogadora de 16 anos, em período de férias escolares em Natal (RN), foi convidada para passar uns dias com o time do Rio, que, naquele ano, passava a ser comandado pelo técnico campeão olímpico.

"Ele me convidou para ficar dois meses com a equipe. Para mim, era uma espécie de clínica de luxo de férias. Pegava bola para Leila, Fernanda Venturini. E eu catava bola feliz da vida. Depois treinava pra caramba, saia morta da quadra. No fim, ele me perguntou: 'Você quer jogar a Superliga?'", diz Amanda, 24, por telefone, à Folha.

Amanda

A ponteira de 1,82 m aceitou o convite. Está até hoje no time. Já conquistou cinco títulos (2011/09/08/07/06) e foi três vezes vice (2012/10/05).

Ao lado da oposta Régis, 26, ela é a única do Rio a ter disputado às últimas oito finais, todas contra o Osasco. Foi com Régis e outras quatro jogadoras, aliás, que Amanda foi morar no Rio.

"Desde que cheguei o Bernardo sempre foi atencioso comigo. Era como uma 'mascote'. Eu ainda estava no colégio e ele não me deixava treinar pela manhã. Ele sempre cobrou muito o estudo. Então eu precisava fazer treinos-extras para compensar", recorda Amanda, recém-graduada em Administração.

Decisiva com seu saque na semifinal contra o Sesi, quando foi eleita a melhor em quadra, Amanda não disputou uma final sequer das cinco que conquistou. Reserva, espera que o time não precise dela para vencer o Osasco, domingo, às 10h (com TV Globo), no Ibirapuera.

"Espero que não precisem que nenhuma reserva tenha que entrar", diz, rindo. "Mas estou treinando muito caso precisem. É um clássico, com muita emoção, que qualquer uma tem prazer em jogar", diz Amanda, que guarda todas as medalhas e camisas (com autógrafo das atletas) usadas nas oito finais.