No primeiro clássico do futebol paulista em 2018, o Corinthians fez 2 a 1 sobre o São Paulo neste sábado (27), no Pacaembu, e ampliou o domínio recente em relação ao rival.
Agora, são seis jogos seguidos em competições oficiais sem saber o que é uma derrota. Em 2017, ano em que ganhou o Estadual e o Brasileiro, o Corinthians teve duas vitórias e três empates. Houve ainda igualdade na Florida Cup, com o clube tricolor triunfando nos pênaltis.
A última vitória do São Paulo foi em 5 de novembro de 2016, quado fez 4 a 0 no Campeonato Brasileiro.
Jadson e Balbuena anotaram os gols corintianos, enquanto Brenner descontou.
O triunfo fez o Corinthians superar também o rival nas partidas disputadas no Pacaembu. São agora 51 vitórias, 50 derrotas e 35 empates.
Assim como aconteceu no ano passado, o time alvinegro foi preciso nas chances criadas no primeiro tempo e também contou com a inoperância do setor ofensivo são-paulino para obter a sua terceira vitória seguida no Paulista –já havia batido São Caetano e Ferroviária– e chegar aos nove pontos.
O São Paulo conheceu a sua segunda derrota em quatro partidas e estacionou nos quatro pontos.
Jogador mais destacado do Corinthians no início da temporada, Jadson deixou a sua marca pela terceira vez no torneio logo no primeiro minuto de jogo, após passe por cobertura de Rodriguinho.
Aos 32 minutos, o meia-atacante Clayson cobrou escanteio na medida para o zagueiro paraguaio Balbuena subir sozinho no meio da zaga e fazer o segundo gol.
Um pouco antes, aos 25, Brenner havia deixado tudo igual ao aparecer na frente de Cássio para completar um cruzamento de Militão que cruzou toda a área.
Principal novidade no clássico em relação a 2017, Diego Souza nada conseguiu fazer em meio à zaga corintiana. Isso porque a bola pouco chegou ao longo dos 90 minutos. O atacante não tinha um parceiro com quem trabalhar.
O Corinthians neste início de 2018 sente a falta de Jô, que foi para o Japão.
O artilheiro do último Brasileiro fez três gols nos duelos com o São Paulo em 2017. Todos foram nos clássico pelo Campeonato Paulista.
Já seu substituto Kazim completou o quarto jogo do Estadual em branco - atuou em três - e mostrou enorme dificuldade para incomodar os rivais. Em alguns lances se enrolou sozinho com a bola. Na chance mais clara que teve, dominou no braço antes de chutar e teve gol bem anulado.
No segundo tempo, quando Fábio Carille resolveu trocá-lo por Júnior Dutra, a torcida aplaudiu a mudança. Destaque na sua estreia contra o São Caetano, o substituto não repetiu a atuação nos 30 minutos que jogou no clássico.
A questão física teve impacto no clássico. Se nos primeiros 45 minutos os times fizeram um jogo bem movimentado, no segundo o ritmo caiu bastante e os dois goleiros praticamente não tiveram trabalho. Foram poucas as finalizações certas em jogo concentrado no meio de campo e com equilíbrio.
"Gostei muito do primeiro tempo do Rodriguinho e do Jadson, um procurando o outro, foi até bonito em alguns lances. Conseguimos levar vantagem no meio-campo. Certeza que [a equipe] vai melhorar", afirmou Carille.
No lado do São Paulo, o discurso unânime foi de lamentar a falha no segundo gol, quando Balbuena não teve marcação.
O zagueiro, aliás, segue sendo importante na bola parada como foi durante todo o ano passado. Na quarta-feira (24) também havia deixado sua marca contra a Ferroviária, no triunfo por 2 a 1.
"Jogamos de igual para igual com o campeão paulista de 2017, não temos que lamentar nada, pelo contrário. Seguir trabalhando, corrigir algumas coisas. Clássico é decidido em detalhes, e em uma bola parada eles decidiram o jogo. Precisamos corrigir porque quarta-feira (31) temos um jogo decisivo", afirmou o zagueiro são-paulino Rodrigo Caio.
A partida decisiva a que ele se refere é contra o Madureira-RJ, em Londrina, no Paraná, pela primeira fase da Copa do Brasil.
O Corinthians terá uma semana cheia de treinos até o seu próximo compromisso, no domingo (4), contra o Novorizontino. Será a primeira partida da equipe fora da cidade de São Paulo.
"Temos jogo-treino contra o Nacional, vamos colocar o Emerson e o Danilo. É uma semana para colocar minhas ideias", afirmou o técnico, que lamentou a condição física dos jogadores do time.
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