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05/06/2010 - 07h30

Kaká encara polêmicas tranquilo

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EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAISA JOHANNESBURGO

Kaká diz que não, que está tudo bem. Mas o camisa 10 da seleção brasileira nunca esteve sob tanta pressão.

Desde que desembarcou na África do Sul, o meia só viu aumentar a lista de problemas relacionados a ele.

É praticamente a única estrela do time de Dunga. O único capaz de causar comoção quando joga no Zimbábue ou treina em Soweto.

O estado físico, a "briga" com Felipe Melo, a má temporada no Real Madrid, as especulações sobre o futuro, a bola da Copa, o "futebol feio" da seleção brasileira.
Kaká teve que falar sobre quase tudo isso na sexta-feira, na primeira entrevista coletiva desde que chegou em Johannesburgo, dia 27 de maio.

"Estou supertranquilo, porque sempre tive momentos de dificuldade na minha carreira", disse, e citou a forma tumultuada como saiu do São Paulo, os títulos perdidos com o Milan e o fracasso na Copa do Mundo de 2006.

Ele afirmou que está "melhor a cada dia" e que a lesão muscular na coxa esquerda não é mais um incômodo.

"Tenho feito o possível, trabalho em até três períodos", declarou. "Já consigo correr sem sentir dores, vou estar bem na estreia."
Mas pessoas próximas ao jogador do Real Madrid dizem que ele só estará em plenas condições físicas a partir das oitavas de final.

Kaká também teve que atuar como defensor da Jabulani, a bola da Copa do Mundo, fabricada por sua patrocinadora pessoal. "Não é a bola do Kaká, é a bola da Adidas", disse, sorrido.

"É um modelo novo, com uma tecnologia nova, e toda novidade causa uma impressão inicial. Hoje muita gente diz que não é tão ruim assim", declarou. "Vejo o Luis Fabiano beijando a bola, o Júlio César abraçando..."

O modelo foi chamado de "sobrenatural" por Luis Fabiano, de "bola de supermercado" por Júlio César e de "patricinha" por Felipe Melo. Até Josué, que ontem sentou ao lado de Kaká para falar com a imprensa, reclamou.

Enquanto os outros jogadores evitam falar sobre seus clubes, Kaká teve que responder na sexta-feira sobre a chegara de José Mourinho ao Real Madrid e sobre a má temporada que teve no clube.

"Nesta temporada, as coisas tomaram uma proporção muito grande", disse o meia.

O jogador só perdeu o humor quando um jornalista argentino perguntou se para o Brasil já não importa mais a maneira de jogar. "Ganhamos de 3 a 1 em Rosario, para nosotros foi um espetáculo", respondeu, irritado.

E garantiu que não se obriga a ganhar a Copa. "Seria muito positivo, mas eu tenho muitas conquistas, muitas convocações e uma história legal com a seleção."

 

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