Marcos zomba de aposentadoria e fala em jogar até os 40 anos no Palmeiras

Prestes a completar 37 anos nesta quarta-feira, o goleiro Marcos, que um dia falou que sua aposentadoria estava próxima, mostrou que mudou de opinião. Nesta terça-feira, na Academia de Futebol, o camisa 1 alviverde zombou da sua primeira versão sobre o assunto e projetou atuar até os 40 anos.

Marcos tem sofrido muitas contusões nos últimos anos. Neste ano, por exemplo, o arqueiro ainda não se recuperou de uma artroscopia no joelho esquerdo, realizada em junho. Após a parada para a Copa do Mundo, o jogador perdeu quatro das cinco partidas que o Palmeiras realizou no Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, ele se mostrou confiante.

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"Não vou falar mais sobre aposentadoria. O [preparador de goleiro] Pracidelli me proibiu [risos]. Mas a verdade é que eu vou falar apenas sobre o meu desempenho. Sei que idade não é problema para continuar, mas quero estar bem fisicamente. Meu pensamento é atuar mais tempo. Já estou seguindo uma programação especial e de repente vou conseguir jogar até os 40 anos", disse.

Fernando Santos - 17.jun.2010/Folhapress

Marcos projetou jogar até os 40 anos; nesta quarta ele faz 37

Uma das justificativas para a mudança na sua expectativa profissional, Marcos apontou a chegada do técnico Luiz Felipe Scolari e de reforços renomados para a equipe nas próximas temporadas.

"A chegada do Felipão e de jogadores à altura da grandeza do Palmeiras motivam qualquer jogador. Em mais um ano de vida, eu pediria saúde para os meus familiares. Mas também projeto novos títulos ao lado do Scolari", disse.

"O Valdivia e o Kleber são atletas com alma, que sentem o peso de uma derrota. Eles se tornaram ídolos porque sabem o significado de jogar no Palmeiras e aprenderam isso em pouco tempo. Quanto mais jogadores assim, mais fácil fica de ganhar", completou.

O goleiro admitiu que voltou antes do previsto, mas afirma que não está mais sentindo dores na região e espera voltar ao time no jogo do próximo domingo, contra o Goiás, no Serra Dourada.

"É muito difícil atuar 100%. Todo jogador, independentemente da idade, joga sempre com algum tipo de dor. Na hora às vezes a gente nem lembra, e as consequências aparecem depois. Por isso, preferi ficar de fora do jogo contra o Corinthians. Estou me sentindo bem melhor e o ideal é ao menos ter uma condição razoável para jogar", apontou.