Após a visita de várias delegações estrangeiras no estádio Moisés Lucarelli, a Ponte Preta espera receber para um período de treinos antes da Copa de 2014 a seleção da França, caso ela se classifique para o Mundial. Para isso, a diretoria do clube se aproxima do prefeito de Campinas, Jonas Donizete (PSB).

Segundo sinalização do Comitê Organizador Local paulista, a seleção francesa está em dúvida entre Campinas e Ribeirão Preto. A favor da primeira, contam o aeroporto de Viracopos e as boas instalações do hotel Royal Palm Plaza e do estádio da Ponte.

"Nós só fornecemos o espaço a título de bom relacionamento com o comitê. Então, não está claro quem vai pagar pelas melhorias a serem solicitadas pela seleção. Temos virtudes, disso sabemos. As deficiências, ninguém explicou ao certo também quais são", comentou o presidente em exercício da Ponte Preta, Márcio Della Volpe.

A Ponte também vê com bons olhos a chance de contar com o Japão. Isso porque a patrocinadora máster da camisa alvinegra, a Hitachi, tem a sede naquele país. Ela poderia contribuir em ações de relacionamento ou na reforma de alguns aspectos do atual estádio em Campinas.

Recentemente foram reformados os vestiários do estádio, numa parceria com a Ambev e o Imap, instituto que integra oito departamentos de especialidades da área da saúde. Mas a diretoria não pretende investir muito mais nele, pois pretende tirar do papel o projeto da nova arena.

Na terça-feira, o prefeito de Campinas chamou Della Volpe, da Ponte, e o presidente do Guarani, Álvaro Negrão, para uma conversa a respeito da realidade financeira dos clubes. Ele se mostrou disposto a ajudar com vistas à Copa, na medida em que a cidade receber contrapartidas.

"O prefeito tem se mostrado sensível", disse Della Volpe.

A Ponte Preta aguarda licenças ambientais para o início das obras de sua nova arena, a ser construída no Jardim Eulina, local em que mantém um centro de treinamento.

Já o Guarani conversa com o poder municipal sobre a venda de parte do Brinco de Ouro para liquidar dívidas trabalhistas e construir um novo empreendimento, mais sustentável.

"A prefeitura vai trabalhar com o objetivo de dar dinamismo para que os dois processos possam se materializar. Será bom para a Ponte, bom para o Guarani e bom para a cidade. Os dois times levam o nome de Campinas a todo o Brasil e fora dele. Vamos apoiá-los para termos clubes fortes da cidade e estes projetos também trarão benefícios para o município", disse o prefeito Jonas Donizete.