Com clima desértico, Brasília prevê gasto de R$ 5,3 milhões em capas de chuva para a Copa
De cada R$ 4 a serem investidos pela Polícia Militar do Distrito Federal em projetos relativos à Copa das Confederações e à Copa-2014, R$ 1 será usado para comprar capas de chuva. O detalhe é que Brasília tem clima praticamente desértico no período entre junho e julho --época em que ocorrerão as competições.
Ao longo dos últimos três anos, nesses meses específicos, só houve registro de chuva na capital federal em apenas quatro dias, conforme dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). E, ainda assim, com precipitação total de 6,5 mm - ou seja, em uma área de um metro quadrado, caíram 6,5 litros d'água.
A previsão de gastos com as capas de chuva é de R$ 5,35 milhões. O valor previso para proteger os policiais da chuva brasiliense é o triplo do programado para a aquisição de coletes a prova de balas (R$ 1,87 milhão), também dentro do projeto "Copa 2014".
Serão adquiridas até 17 mil capas (R$ 315 cada uma). O número, contudo, pode ser menor, por tratar-se de uma licitação da modalidade "registro de preço". Nesse tipo de seleção, a empresa vencedora garante o fornecimento das capas por um preço específico, mas elas só são entregues conforme a demanda da Polícia Militar.
O governo do Distrito Federal defende a compra. Diz que, apesar de estar inserido na planilha de projetos para a Copa-2014, a aquisição não será restrita para uso durante as competições.
"Esse é um equipamento de uso permanente do policial militar, para seu trabalho cotidiano no DF e durante as operações especiais voltadas a esses megaeventos", informou o governo do DF em nota oficial.
A Polícia Militar argumenta que verificou existir "a real necessidade de se adquirir equipamentos de sinalização de alta qualidade com refletivos de alta performance, impermeabilidade e durabilidade".
A instituição cita o atropelamento de um militar, em 2011, em dia de chuva, como um dos motivos para a licitação. A polícia argumenta ainda que as capas darão maior proteção a policiais envolvidos em blitze da Lei Seca.
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