Centro comercial e estacionamento vão ocupar Célio de Barros e Julio Delamare
Os novos administradores do Maracanã vão demolir o estádio de atletismo Célio de Barros e do parque aquático Julio Delamare. As duas instalações ficam dentro do complexo do Maracanã.
Nesta quinta, a comissão de licitação anunciou que o consórcio formado pela Odebrecht, IMX, de Eike Batista, e AEG foi homologada para administrar o estádio por 35 anos.
A queda das duas arenas estão previstas no edital de licitação do estádio. No lugar, o consórcio poderá erguer estacionamentos e um centro comercial para viabilizar financeiramente o investimento.
Para isso, terá que construir centros de treinamento de atletismo e nataçãio numa área do Exército próxima ao estádio.
O Célio de Barros está completamente destruido e foi transformado num imenso canteiro da reforma do Maracanã. Já o parque aquático ganhou uma sobrevida. No mês passado, a Justiça impediu a demolição do Júlio Delamare.
A abertura do envelopes da licitação para a gestão do estádio do Maracanã começou no último dia 11 em meio a uma disputa judicial.
A confirmação do processo só saiu na madrugada, quando a desembargadora Leila Marian, do Tribunal da Justiça do Rio derrubou liminar que cassara o edital da licitação.
Na noite anterior, a juíza Roseli Nalin, da Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio, havia concedido a liminar argumentando haver "indícios graves de irregularidade" na licitação e que seu prosseguimento "poderá gerar danos de difícil ou mesmo impossível reparação a toda a coletividade".
O pedido de suspensão fora feito pelo Ministério Público na manhã desta quarta-feira.
A Promotoria apontou favorecimento à empresa IMX,de Eike Batista, e prejuízo ao Estado no modelo de gestão escolhido.
Segundo o promotor Eduardo Carvalho, a empresa foi beneficiada porque teve acesso a informações do Estado quando fez o estudo de viabilidade econômica da arena, em 2012, usado como base para o edital da licitação.
Os concorrentes tiveram acesso somente às informações da IMX.
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