O barulho dos fogos de artifício na região da Fonte Nova após o primeiro gol do Brasil contra a Itália se confundiram com o de bombas de gás lacrimogêneo arremessadas pela polícia contra manifestantes próximos ao estádio.

Cerca de 500 pessoas entraram em confronto com os policiais na área do vale dos Barris, vizinha ao Dique do Tororó, uma lagoa que fica na frente da arena baiana.

A ação foi mais rápida e violenta que a de quinta-feira (20), quando 20 mil estavam nas ruas e também houve depredações na cidade.

"Chegou a existir troca de agressões físicas entre as partes e muitos foram detidos. Infelizmente, sabíamos que a tentativa de vir para cá acabaria nisso", disse Monica Maia, 30, operadora de telemarketing.

O tumulto, no intervalo do triunfo brasileiro, aconteceu porque os manifestantes quiserem ultrapassar a barreira de policiais no raio de 2 km da Fonte Nova.

O governador Jaques Wagner (PT) chegou a se articular nos bastidores para impedir qualquer mobilização.

As principais bandeiras da movimento eram contra a Fifa, os gastos para a organização da Copa do Mundo e melhores condições para a saúde e a educação no país.

Até o momento, não há um balanço de feridos e detidos.

PRISÕES

Perto dali, em frente à Biblioteca dos Barris, três manifestantes foram presos durante uma abordagem policial. Segundo a PM-BA, eles portavam cinco coqueteis molotov e duas mochilas contendo bolas de gude.

O trio, que escondia o rosto com camisas, foram levadas à 7ª Delegacia, no bairro do Rio Vermelho, para prestar depoimento.

Outros dois manifestantes foram flagrados tentando assaltar uma loja de calçados na avenida Sete de Setembro e levados à 14ª Delegacia, na Barra.

Na saída da Fonte Nova, após o jogo, os torcedores deixaram o estádio sem nenhum incidente, segundo a Polícia Militar.

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