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André Barcinski: Brasil vence, mas não convence

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A seleção brasileira venceu, mas não convenceu. O time de Felipão bateu o Uruguai por 2 a 1 no Mineirão ---gols de Fred e Paulinho-- e se classificou para a final da Copa das Confederações, mas foi uma equipe desorganizada taticamente, com uma defesa insegura, um meio-campo pouco criativo e um ataque ineficiente.

O primeiro tempo, pelo menos até os 40 minutos, foi soporífero: a seleção não mostrava nenhuma criatividade e se limitava a lançar bolas longas da defesa para o ataque.

O meio-campo do Brasil não jogava. Oscar e Paulinho não acertavam um passe e Luiz Gustavo, como sempre, se limitava a marcar e a dar passes laterais. O time só tentava a ligação longa para Neymar que, bem marcado, pouco fazia.

A primeira jogada de emoção só saiu por uma infantilidade do zagueiro brasileiro David Luiz, que puxou a camisa do uruguaio Lugano numa cobrança de escanteio e cometeu o pênalti. O atacante Fórlan, que desde a Copa de 2010, quando foi escolhido o melhor jogador, parece ter desaprendido a jogar futebol, cobrou muito mal e o goleiro Júlio César pegou.

Nem o pênalti salvo por Júlio César animou o Brasil. O time continuou chutando bolas longas para o ataque, facilmente interceptadas pela zaga uruguaia. O time de Felipão não fez uma jogada sequer de profundidade e ultrapassagem. Os laterais Daniel Alves e Marcelo não chegaram uma vez sequer à linha de fundo.

Quem chegou com mais perigo ao gol foi o Uruguai: Forlán deu um bonito chute, aos 30 minutos, que assustou Júlio César. Aos 36, numa jogada confusa na entrada da área uruguaia, a bola sobrou para Marcelo, que cruzou para Fred. O atacante, pressionado por um zagueiro, chutou para fora. Foi a única chance de gol do Brasil até então.

Aos 40 minutos, quando parecia que o primeiro tempo terminaria naquela pasmaceira, Paulinho acertou um lançamento longo para Neymar, que dominou no peito e chutou; o goleiro desviou e Fred, oportunista, marcou. Foi o único lance de criatividade do meio-campo do Brasil no primeiro tempo.

Se David Luiz cometeu um erro grosseiro no primeiro tempo, seu companheiro de zaga, Thiago Silva, cometeria outro, logo aos três minutos do segundo tempo: em vez de isolar uma bola na área brasileira, acabou ajeitando para o atacante uruguaio Cavani, que marcou.

O Uruguai estava melhor postado em campo. Marcava bem e saí em contra-ataques rápidos. Quase virou o jogo quando Thiago Silva por pouco não marcou um gol contra de cabeça.

O meio-campo do Brasil continuava inoperante. A falta de objetividade era tanta que, aos 15 minutos, Neymar tentou um chute do meio de campo. Felipão tirou dois jogadores absolutamente inúteis, Oscar e Hulk, e os substituiu por dois parcialmente inúteis, Bernard e Hernanes, que pouco fizeram.

A vitória veio no finzinho, aos 41 do segundo tempo, num escanteio: a zaga uruguaia deixou Paulinho livre para cabecear. No fim, os jogadores ajoelharam no gramado para comemorar a vitória e a classificação. Mas a sensação parecia ser mais de alívio que de contentamento. Foi o pior jogo da seleção na Copa das Confederações.

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