Taça resolve dúvidas de Felipão e alça antigos criticados
O Brasil saiu da Copa das Confederações com mais que um título. Saiu com um time.
A campanha vitoriosa encerrada com o 3 a 0 sobre a Espanha, a seleção campeã mundial e bi europeia, anteontem, encerrou as principais dúvidas e calou as mais pesadas críticas aos escolhidos de Luiz Felipe Scolari.
As vagas de primeiro volante e de centroavante, as mais abertas antes do início da competição, hoje parecem ter donos bem definidos.
Luiz Gustavo começou a Copa das Confederações como o único dos 11 titulares que é reserva em seu clube (o Bayern de Munique) e assombrado pela concorrência de Fernando e Hernanes.
O volante deixou o torneio como melhor passador brasileiro: aproveitamento de 93,9% dos passes, melhor que Iniesta, a quem anulou na decisão no Maracanã.
A outra dúvida foi sanada por Fred. Enquanto Luis Fabiano, apontado como seu maior concorrente desde o retorno de Felipão à seleção brasileira, arranjou briga com o São Paulo, o centroavante do Fluminense fez gols.
O camisa 9 marcou duas vezes na final e cinco na competição. Dividiu a artilharia com Fernando Torres e só perdeu o prêmio por ter ficado mais minutos em campo.
Júlio César é mais um que sai fortalecido da Copa das Confederações. O goleiro, 33, que voltou à seleção pelas mãos de Felipão, tinha uma credencial nada agradável: acabara de ser rebaixado no Inglês com o modesto QPR.
Já Hulk viu as vaias e os pedidos por Lucas ouvidos a cada jogo no começo do torneio serem substituídos por gritos de apoio na decisão.
O atacante do russo Zenit ganhou reconhecimento da torcida por sua função tática e ajuda na marcação sob pressão feita pelo time brasileiro.
Também se beneficiou pelas fracas atuações de Lucas quando teve suas chances.
O ex-jogador do São Paulo foi o convocado mais prejudicado pela Copa das Confederações. De "12º titular" virou apenas a segunda opção de banco para sua posição.
Felipão se encantou com Bernard, também meia-atacante. Jô, outro do Atlético-MG, chamado às pressas para o lugar de Leandro Damião, cortado por lesão, jogou 27 minutos, mas fez dois gols e deve ficar no grupo.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Seleção |
Livraria da Folha
- "Faço uma Copa do Mundo a cada duas semanas", diz chefão da F-1
- 'Futebol-Arte' reúne imagens de 'peladas' nos 27 Estados do Brasil
- Jules Rimet sumiu três vezes, mas só brasileiros deram fim à taça
- Teixeira e Havelange enriqueceram saqueando o futebol, escreve Romário
- 'Zico não ganhou a Copa? Azar da Copa'