Blatter admite que escolha do Qatar como sede da Copa-2022 teve influência política
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, admitiu que a escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022 contou com influências políticas de governos europeus, que esperavam vantagens econômicas com a decisão.
"Houve influências políticas diretas. Houve chefes de governo europeu que recomendaram a seus compatriotas que votassem no Qatar, porque estão ligados a este país por fortes interesses econômicos", disse Blatter em declarações publicadas nesta quarta-feira na revista alemã "Die Zeit".
As declarações de Blatter são em parte voltadas contra o presidente da Uefa, Michel Platini, que poderia ser seu rival na luta pela presidência da Fifa em 2015.
O ex-jogador da seleção francesa admitiu anteriormente que tinha votado no Qatar. Poucos dias antes da decisão, o dirigente da entidade que rege o futebol europeu foi convidado a jantar pelo então presidente francês, Nicolas Sarkozy.
Entre os convidados para esse jantar também estava o atual emir do Qatar, o xeque Hamad al-Thani.
Sebastien Bozon/AFP | ||
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, durante uma entrevista |
Livraria da Folha
- "Faço uma Copa do Mundo a cada duas semanas", diz chefão da F-1
- 'Futebol-Arte' reúne imagens de 'peladas' nos 27 Estados do Brasil
- Jules Rimet sumiu três vezes, mas só brasileiros deram fim à taça
- Teixeira e Havelange enriqueceram saqueando o futebol, escreve Romário
- 'Zico não ganhou a Copa? Azar da Copa'