Capitão do City diz que jogadores boicotarão Copa-2018 se Rússia não combater racismo
O meio-campista Yayá Touré, do Manchester City e da seleção de Costa do Marfim, disse que haverá um boicote de jogadores contra a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, se o país-sede não tomar medidas de combate ao racismo.
Quarta-feira, ele acusou torcedores do CSKA Moscou de o perseguirem com cânticos racistas durante o jogo diante do City, pela Liga dos Campeões da Europa. Apesar de reclamar com o árbitro, não aconteceram as medidas previstas para se reagir à discriminação.
"Se não estamos tranquilos para vir jogar o Mundial na Rússia, não viremos", disse o capitão da equipe inglesa.
O treinador do Chelsea, o português José Mourinho, afirmou que um boicote não é a maneira de combater o racismo no futebol, e que seriam punidos bilhões de torcedores por causa do "comportamento vergonhoso" de alguns milhares.
O presidente da Uefa, Michel Platini, instaurou uma investigação interna para saber por que o árbitro romeno Ovidiu Hategan não adotou o protocolo antirracismo.
Em caso de ofensas raciais, a partida deve ser paralisada e o serviço de som do estádio deve solicitar que essas manifestações parem. Se elas se repetirem, o árbitro é orientado a interromper a partida e os dois times têm ir para o vestiário. Se o comportamento da torcida se mantiver, suspende-se o jogo.
O resultado da investigação e uma eventual punição ao clube russo estão previstos para o dia 30.
O CSKA se defendeu, nesta quinta-feira, alegando que não houve qualquer comportamento racista de sua torcida.
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