França consegue vaga para a Copa com vitória histórica sobre a Ucrânia
Benoit Tessier/Reuters | ||
Benzema (dir.) comemora com os companheiros da seleção francesa gol sobre a Ucrânia, em Saint-Denis |
A França conseguiu a vaga para a Copa do Mundo de 2014 com uma vitória histórica em cima da Ucrânia nesta terça-feira. O time de Didier Deschamps havia perdido o jogo de ida da repescagem por 2 a 0 sexta-feira e reverteu o resultado, vencendo a segunda partida, em casa, por 3 a 0.
Além deste feito, os franceses quebraram um jejum ucraniano de dois anos sem perder por três gols de diferença na mesma partida. Durante as eliminatórias, a Ucrânia levou apenas quatro gols.
Esta foi a primeira vez que uma seleção conseguiu reverter um resultado depois de perder por dois gols de diferença o jogo de ida na história das eliminatórias europeias.
O zagueiro Sakho, o atacante Benzema e Gusev (contra), fizeram os gols para os franceses, que tiveram a escalação bastante modificada. Foram cinco alterações com relação ao time que perdeu em Kiev.
A Ucrânia também mudou algumas peças, mas não mexeu nos jogadores de frente.
Ao contrário do jogo de ida, a França teve todo o controle do jogo e maior posse de bola. Pressionou a Ucrânia desde o início com o apoio maciço da torcida e boa atuação de Ribéry, Valbuena e Benzema. Sakho, que fez um dos gols, também teve boa participação.
Os ucranianos, que só participaram da Copa de 2006, ficaram devendo, com atuações apagadas de Iarmolenko, Zozulia e do brasileiro Edmar. Khacheridi foi expulso na segunda etapa.
A França conquistou o título Mundial em 1998 e o vice em 2006. Nas Copas de 2002 e 2010 não passou da primeira fase.
Franck Fife/AFP | ||
O francês Pogba (à esquerda) e o ucraniano Bezus disputam a bola no Stade de France |
O JOGO
A França começou pressionando a Ucrânia, sem a apatia demonstrada no jogo de ida, em Kiev, e as duas primeiras oportunidades criadas foram de cabeça.
Pogba e Benzema tiveram chances de mandar para o gol após cruzamentos de Valbuena, o homem das bolas paradas, mas mandaram para fora.
A Ucrânia praticamente não atacou. Estava com forte marcação e os jogadores todos no campo de defesa.
Com a pressão do time da casa, o primeiro gol saiu aos 22 min. Ribéry pegou rebote na grande área e chutou para o gol. O goleiro Pyatov espalmou e Sakho aproveitou para abrir o placar.
Aos 29 min, a França teve um gol mal anulado. Ribéry bateu pela esquerda e Benzema, em posição legal, empurrou para a meta ucraniana.
Se esse não valeu, um impedido valeu. Aos 34 min, depois de bate-rebate, Valbuena chutou para o gol e Benzema, no meio do caminho, adiantado, fez o gol.
Com a necessidade de ir para cima, a Ucrânia saiu mais para o jogo. No final do primeiro tempo, Iarmolenko arriscou de pé esquerdo e Debuchy salvou seu time ao desviar com a barriga.
Na segunda etapa, logo aos 2 min, Khacheridi levou o segundo cartão amarelo e foi expulso, prejudicando a sua equipe.
A França não diminuiu o ritmo de jogo em momento algum. Ficou a maior parte do tempo no ataque com boas trocas de passes entre Benzema e Ribéry, além das jogadas perigosas pelo alto com Valbuena.
O time da casa conseguiu a classificação graças a um gol contra. Ribéry chutou para o gol aos 27 min e Gusev desviou para a sua meta, antes da chegada de Sakho.
Até o fim da partida a torcida francesa ficou apreensiva, já que um gol da Ucrânia levaria o time adversário para a Copa.
Essa situação ocorreu porque a equipe de Didier Deschamps não parou de atacar. Foi para cima até os minutos finais, mas os ucranianos, que não tinham criado boas chances, não ameaçaram.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Livraria da Folha
- "Faço uma Copa do Mundo a cada duas semanas", diz chefão da F-1
- 'Futebol-Arte' reúne imagens de 'peladas' nos 27 Estados do Brasil
- Jules Rimet sumiu três vezes, mas só brasileiros deram fim à taça
- Teixeira e Havelange enriqueceram saqueando o futebol, escreve Romário
- 'Zico não ganhou a Copa? Azar da Copa'