Não é momento de falar da situação do Itaquerão para a Copa, diz Ronaldo
O ex-jogador Ronaldo, membro do COL (Comitê Organizador Local da Copa), declarou que agora não é hora de pensar nos reflexos que o acidente no Itaquerão vai ter para a Copa do Mundo e para a imagem no Brasil no exterior.
Ao participar de um evento de promoção de um campeonato de pôquer em São Paulo, nesta quinta-feira, ele lamentou a morte dos dois trabalhadores na obra.
"Acho que o momento não é de falar da imagem do Brasil ou de buscar soluções para o estádio ficar pronto. Momento é de estar junto com as famílias", disse Ronaldo.
"Eles estavam construindo um estádio que era sonho corintiano. Deram sua vida pelo estádio. Foi uma tragédia. Isso acontece, e ficam aqui os meus sentimentos", continuou.
A entrevista coletiva do ex-jogador foi feita com perguntas pré-selecionadas e lidas pela organização do evento de pôquer.
Grande parte das questões foi relacionada ao jogo de baralho. Também houve brincadeiras de membros de programas de TV como Pânico e CQC. O ex-atleta pouco falou de futebol.
Questionado sobre o movimento Bom Senso F.C. e a possibilidade de greve no futebol brasileiro, Ronaldo comentou apenas que é a favor de um debate mais amplo.
"Temos que pensar nas terceiras, quartas divisões. Atletas que atuam só no Estadual e depois ficam sem jogar. A discussão é válida. Podemos pegar exemplo do futebol europeu."
Rodolfo Stipp Martino/Folhapress |
Ronaldo conversa com jogador de pôquer André Akkari |
O Fênomeno também se esquivou de comentar se apoiará Andres Sanchez para presidir a CBF. "Precisa ver primeiro se ele será candidato."
Sobre sorteio dos grupos das seleções para a Copa, Ronaldo afirmou que não estava preocupado com os rivais do Brasil. "Se a seleção jogar como na Copa das Confederações, pode vir qualquer time. O Brasil vai ficar bem na fita."
Depois da entrevista, Ronaldo foi participar de uma partida de pôquer.
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