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Procuradoria alertou construtora sobre falta de segurança em estádio da Copa em Manaus

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Construtora da Arena Amazônia, estádio da Copa em Manaus onde um funcionário morreu em acidente no último final de semana, a Andrade Gutierrez já havia sido alertada ao menos três vezes pelo Ministério Público do Trabalho sobre a necessidade de adequação a normas de segurança para trabalho em altura.

Na madrugada de sábado (14), um operário de 22 anos morreu após cair de altura de 35 metros enquanto trabalhava na fixação da cobertura do estádio. Em março, um funcionário de 49 anos morreu também em decorrência de queda durante o trabalho.

As obras que envolvam trabalho em altura no estádio estão embargadas desde sábado por determinação judicial. Nesta segunda-feira (16), um perito designado pela Justiça iniciou vistoria na arena, mas o trabalho poderá levar a semana inteira. O sindicato da categoria diz que há uma greve em curso na obra, mas centenas de operários trabalharam normalmente nesta segunda-feira no local.

Em janeiro de 2012, o Ministério Público do Trabalho assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a empreiteira, que se comprometeu a corrigir irregularidades encontradas na obra. Um ano depois, os procuradores do Trabalho verificaram que 17 das 22 cláusulas do TAC não estavam sendo cumpridas --entre elas, regras relacionadas a trabalho em altura.

Após a morte do operário em março, os procuradores ingressaram com ação contra a Andrade Gutierrez. Em maio, a Justiça do Trabalho concedeu liminar (decisão provisória) exigindo que a empresa cumprisse 63 obrigações sobre normas de proteção. Em junho, nova fiscalização verificou que 12 obrigações não haviam sido cumpridas --normas sobre trabalho em altura estavam novamente no pacote.

A Justiça então mandou fazer perícia na obra, mas a construtora acabou conseguindo derrubar a liminar que trazia a determinação. A perícia só foi liberada após a morte do último sábado.

Trabalhadores da obra consultados pela Folha nesta segunda-feira disseram que o operário morto no sábado não usava equipamentos básicos de proteção quando caiu. Também fizeram relatos sobre pressão da construtora pelo cumprimento de prazos e reclamaram de jornadas extensas de trabalho.

"Mostramos uma foto aos procuradores que prova que o trabalhador não estava usando o cinto de proteção. A obra está atrasada e a empresa pressiona os trabalhadores a correr", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Civil do Amazonas, Cícero Custódio.

Em nota, a Andrade Gutierrez informou que cumpre decisões judiciais, reafirmou que se compromete com a segurança dos trabalhadores e que realiza "ações de conscientização comportamental" dos operários para evitar novos acidentes.

A construtora não informou se a interdição parcial motivará atraso na entrega do estádio, prevista para a segunda quinzena de janeiro.

A Arena Amazônia terá capacidade para 43 mil pessoas e receberá quatro partidas do Mundial, como Inglaterra x Itália e Portugal x EUA. O novo estádio está 93,31% concluído e tem custo estimado em R$ 605 milhões.

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