Após despertar o público dos EUA, Mundial aumenta lucro em novos mercados
O futebol já era um fenômeno global. Cada vez mais países entravam em uma acirrada disputa para conseguir vaga no Mundial. Só faltava a Copa viajar pelo mundo.
A Fifa, que consolidou seu processo de globalização, passou a buscar novos mercados. Antes restrito às Américas e à Europa, o Mundial ampliou fronteiras e foi pela primeira vez à Ásia, em 2002, e à África, oito anos depois.
Em 2000, a entidade anunciou o plano de um rodízio de sedes. Um mesmo continente não poderia mais receber o evento duas vezes seguidas. Foi isso que facilitou as escolhas de África do Sul e Brasil.
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Mas o processo de expansão das fronteiras já havia começado no fim do século passado, com um passo simbólico. Em 1994, a Copa chegou à maior economia do mundo, ao país que tem o futebol como sua maior paixão -só que aquele jogado com as mãos.
A final entre Brasil e Itália é a segunda partida de "soccer" com maior audiência na TV dos EUA -o recorde é de um jogo do Mundial feminino de 1999. De 1994 a 2010, o número de torcedores do país que ligou a TV para ver a Copa cresceu 64%. Os EUA foram o país que mais gente levou aos estádios durante a competição: 3,59 milhões.
Em 2002, a Fifa deu novo fôlego a seu movimento expansionista: o campeonato aterrissou na Ásia e, pela primeira vez, foi disputado em dois países ao mesmo tempo. As partidas aconteceram em 20 estádios espalhados por Japão e Coreia do Sul.
Oito anos depois, chegou, enfim, a vez do continente africano. Na África do Sul, a Copa sofreu com atrasos em obras, mas também obteve o maior lucro da história: R$ 7 bilhões. No torneio da Alemanha, em 2006, havia acumulado R$ 4,4 bilhões.
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Neste ano, quando volta ao país do futebol -os brasileiros sediaram em 1950-, o lucro deve ser de R$ 10 bilhões.
A Fifa já anunciou o fim do rodízio após ver o Brasil ser o único candidato sul-americano a sede de 2014. Mas não deixará de buscar novos mercados. Em 2018, fará o Mundial na Rússia pela primeira vez. E em 2022, levará seu evento ao rico Qatar, nem que tenha de fazer jogos em dezembro para fugir do calor.
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