Um dos grandes nomes do esporte brasileiro, o ex-tenista Gustavo Kuerten não está satisfeito com a situação do Brasil às vésperas da Copa do Mundo.

O tricampeão de Roland Garros ressaltou nesta quarta-feira, durante o Rio Open, no Jockey Club Brasileiro, que a Fifa deve estar vivendo uma situação inédita e alfinetou o andamento das obras.

	João Pires/Fotojump
	Guga conversa com jornalistas durante o Rio Open

"Não consigo enxergar grandes benefícios além de poucos investimentos. Os estrangeiros vão adorar, nós é que não vamos gostar, porque o que foi prometido não foi feito", afirmou Guga em entrevista coletiva.

"Os aeroportos não ficaram prontos, gerou-se uma expectativa, mas o compromisso não foi cumprido [melhorias no país]. Isso causa um grau de insatisfação. Não sei se a Fifa já viveu situação tão constrangedora."

Entretanto, todo este quadro não faz com que o ex-número um do mundo enxergue um vexame no Brasil durante a Copa:

"Todos sabem que no Brasil as pessoas sofrem com dificuldades, não vai ser vexame a Copa. Os problemas podem aparecer durante a Copa, mas é um evento de um mês que vai terminar e tudo continuará como está."

Apesar de não ver grandes pontos positivos na Copa do Mundo, Guga foi mais positivo ao comentar sobre a Olimpíada de 2016, que será no Rio.

Em outubro de 2009, ele foi para a Dinamarca integrar a comitiva brasileira na votação que decidiu o Rio como sede.

"A Olimpíada tem o papel de transformar a cidade, mas isso fica dependente da eficácia do poder público. O legado olímpico deve ser positivo, mesmo que não se aproveite tanto. Mesmo que as mudanças sejam poucas, vai deixar uma realidade mais favorável."