Campeão mundial em casa em 1998, o ex-zagueiro francês Marcel Desailly, 35, aposta na Argentina como favorita ao título da Copa do Mundo, neste ano.

Um dos algozes da seleção brasileira naquela vitória francesa por 3 a 0 na final da Copa, no Stade de France, Desailly acredita que o Brasil pode sentir a pressão de jogar o Mundial em casa.

Em entrevista após a divulgação dos indicados ao prêmio Laureus, conhecido como o 'Oscar do esporte', o ídolo francês respondeu à pergunta da Folha sobre quem espera que seja o favorito nesta Copa do Mundo.

"Argentina vem imediatamente à minha mente. O Brasil lidou com a pressão da Copa das Confederações. Mas acho que a Copa do Mundo vai ser demais sobre os seus ombros, não tenho certeza que eles vão ter o mesmo desempenho da Copa das Confederações", afirmou Desailly, membro da academia Laureus.

"Se a Argentina resolver alguns dos problemas de defesa que eles têm, podem ser um time 'top' nesta Copa do Mundo", completou.

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	Andre Villas-Boas (à esq.), Marcel Desailly e Mick Doohan no anúncio do Laureus, em Kuala Lumpur

Desailly elogiou o português Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, indicado ao Laureus na categoria melhor atleta masculino de 2013. O atacante concorre ao troféu com Usain Bolt (atletismo), LeBron James (basquete), Rafael Nadal (tênis) e Sebastian Vettel (F-1).

O zagueiro francês, porém, acredita ser difícil Cristiano Ronaldo levar o troféu em razão de estar em um esporte coletivo e seu time, o Real Madrid, não ter conquistado nem um título sequer na última temporada.

"Cristiano Ronaldo não vai ser lembrado como Maradona, Pelé, ou talvez o Ronaldo, o brasileiro. Ele vai precisar ganhar um torneio importante, sim, com sua seleção, é uma obrigação. Espero que a sorte venha para Portugal, assim como para a Argentina, para Messi. Ele [Messi] não foi bem no Mundial passado. Estamos à espera de Cristiano Ronaldo conseguir, na Copa do Mundo, uma grande performance", explicou o ex-zagueiro.

Apostas a parte, Desailly se mostrou empolgado com a Copa.

"Sabemos que vai ser um sucesso, sem problemas, não importa o que dizem sobre o Brasil, as instalações, o que for", concluiu o campeão mundial.