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Para Inglês Ver: Desculpa para o meio-campo inglês sumir contra a Itália

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Em uma notícia que certamente levará Cheech e Chong a resmungar que o clima está pesado, cara, surgiu a informação de que o gramado da Arena Amazônia, em Manaus, requer reparos de emergência por conta da subnutrição severa da grama.

É lá que a Inglaterra será derrotada pela Itália em sua primeira partida pela Copa do Mundo, claro, e as informações são de que boa parte da superfície do campo está mais seca que o deserto do Atacama, e que algumas porções dele estão mais nuas do que Balu [o urso amigo de Mogli].

Não será surpresa, portanto, que o homem que um dia respondeu "Paul Konchesky" à pergunta "qual é a melhor maneira de perder a credibilidade no Merseyside?", em visita ao campo no mês passado, tenha declarado que "não esperava ver um gramado tão verde e tão bem cuidado!" Oh, Mr Roy [Hodgson, o técnico da seleção inglesa]!

Andy Rain - 5.mar.2014/Efe
O técnico da seleção inglesa, Roy Hodgson
O técnico da seleção inglesa, Roy Hodgson

É justo afirmar que parece que o gramado entrou em decadência depois de seu contato com o treinador inglês –um feito que espelha o Toque de Midas Reverso que o comandante exerceu anteriormente sobre o Liverpool, a trajetória de Wayne Rooney na seleção inglesa e o desempenho do goleiro Joe Hart.

O problema parece ter sido causado pelo uso de grama tipo bermuda no estádio, que pode não ser adequada ao clima quente e úmido de Manaus, mas oferece ao meio de campo da seleção inglesa uma desculpa para desaparecer quando a Itália recorrer à sua tradicional triangulação e colocá-lo na roda com seus passes.

Esse é apenas o mais recente em uma série de problemas a prejudicar a Arena Amazônia.

Na inauguração do estádio, semanas atrás, os torcedores presentes se queixaram de que a cobertura tinha vazamentos, da venda de ingressos para assentos inexistentes, e da espera de mais de meia hora para comprar comida nas barracas espalhadas pelo estádio –uma espera que poderia pelo menos servir como desculpa para que o torcedor não assista ao triste espetáculo do duelo entre Tom Cleverley e Andrea Pirlo.

Para o possível pesar de Cheech e Chong, as autoridades de Manaus não seguiram o caminho do condado de Notts, optando pelo uso de luzes artificiais como as empregadas nas estufas de maconha para corrigir os problemas do gramado, mas em lugar disso levaram os responsáveis pela grama de São Paulo ao Amazonas e os instruíram a aplicar "cristais químicos verdes" [será que estamos falando de corantes?, pergunta Ed Fiverão] para resolver o problema.

Isso significa que agora os moradores locais estarão limitados a assistir ao tedioso espetáculo da grama crescendo –em outras palavras, uma preparação perfeita para acompanhar os comandados de Mr. Roy em ação quando chegar a Copa.

FRASE DO DIA
"Graças a Deus diversas gerações continuaram a me acompanhar. Ninguém é perfeito, mas tento ao máximo transmitir mensagens positivas!"
A "mensagem positiva" de Pelé esta semana era a de que um fabricante de relógios havia lançado um modelo vendido por 11,6 mil libras (cerca de R$ 44,75 mil) em sua homenagem. Outras "mensagens positivas" de Pelé foram transmitidas por cortesia da Volkswagen, Procter & Gamble, Subway e Coca-Cola. Pelé: "Estou jogando por uma equipe vitoriosa!"

NOTAS E NOVIDADES

Andrew Winning - 18.mar.2014/Reuters
Eden Hazard, que foi criticado por Marc Wilmots, técnico da seleção belga, por marcar poucos gols
Eden Hazard, que foi criticado por Marc Wilmots, técnico da seleção belga, por marcar poucos gols

Marc Wilmots, o técnico da seleção belga, advertiu Eden Hazard de que ele pode ser cortado da equipe se não começar a marcar mais gols. "Se um dia eu sentir que ele não tem esse espírito, jogaremos sem ele", resmungou Wilmots. "Hazard precisa melhorar suas estatísticas com a seleção. Cinco gols, incluindo dois de pênalti, em quase 50 partidas? Isso é insuficiente. Marquei 29 gols pela Bélgica, e eu era um jogador de muito menos talento. Eden, eu o amo, mas preciso pedir que decida mais".

*

Antonio Cassano explicou a nova rotina que permitiu que perca 10 quilos, como parte de seu esforço para chegar à seleção italiana na copa: comer menos e se exercitar menos. "Estou tentando me preparar para a posição de falso nove, que me permitiria correr menos", ele disse, entre mastigadas. "Graças ao trabalho dos outros, eu posso fornecer só a cereja do bolo".

*

Ter sido sorteado para o grupo da Argentina parece ter convencido o Japão de que será preciso recorrer a medidas extremas para se classificar em seu grupo. O que pode ou não explicar o motivo para que a federação de futebol do país tenha explicado que o mascote oficial da seleção japonesa no Brasil será ninguém menos que o Pikachu, um personagem de Pokemon renomado por sua capacidade de armazenar eletricidade nas bochechas e liberá-la em forma de raio em momentos de guerra. Você foi avisado, Leo Messi...

*

Sebastian Coates, zagueiro do Liverpool, está fazendo progresso tão rápido na recuperação de uma lesão de joelho, em seu Uruguai natal, que ele espera estar curado em tempo para a Copa do Mundo. De fato, seu antigo clube, o Nacional, até espera que o Liverpool autorize o jogador a jogar por ele em um clássico uruguaio contra o Peñarol no final de abril, o que parece ser o momento perfeito para voltar ao futebol depois de uma longa parada causada por lesão –a última partida entre os dois times resultou em uma briga que viu chutes contra um atacante, uma troca de socos pesados, três cartões vermelhos e um dos jogadores expulsos usando gestos para ameaçar um adversário de que cortaria sua garganta. E o jogo era amistoso.

*

O ala Adam Johnson, do Sunderland, acusou Mr. Roy de ignorar os jogadores que defendem times que não estejam entre os oito melhores da Premier League. "Há jogadores que, se não estiverem jogando nos times grandes, não têm chance alguma de chegar à seleção", ele resmungou, garantindo que terá folga durante a Copa.

*

Aldo Rebelo, o ministro do Esporte brasileiro, diz que não espera que os protestos contra o governo que prejudicaram a Copa das Confederações sejam repetidos este ano. "O futebol não é responsável pela desigualdade no Brasil", ele proferiu. O custo estimado de organização da Copa do Mundo é de US$ 14,5 bilhões; 21,4% da população brasileira vive abaixo da linha da pobreza.

*

E Romário criticou o Ronaldo Original pelo não cumprimento da promessa da Confederação Brasileira de Futebol de ingressos grátis para a Copa destinados aos deficientes físicos. "Ele está pegando carona na minha por oportunismo ou é só ignorante?", rebateu Ronaldo, que faria bem em não mencionar carona porque, em sua forma atual, ninguém sabe se sobraria espaço no banco do passageiro.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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