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Júlio César diz que ficou sem jogar por causa de 'guerra psicológica' no clube

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A enorme redoma branca, em uma área descampada a 40 minutos de Toronto, é o lugar em que atua hoje Júlio César, goleiro titular da seleção brasileira.

Com o frio intenso, em torno de 2° C no começo da primavera, os treinos acontecem nessa espécie de estufa. Ali, ele falou à Folha sobre as expectativas para a Copa e a adaptação no Canadá.

Júlio César explicou a inatividade no seu time anterior, o Queens Park Rangers, da Inglaterra, como parte de uma "guerra psicológica". E comentou o risco de ser culpado na Copa em casa, como Barbosa em 1950. "Prefiro pensar o menos possível nessa situação. Mas pode acontecer", disse.

Reprodução/Twitter/torontofc
O goleiro Júlio César, durante sua apresentação ao Toronto FC
O goleiro Júlio César, durante sua apresentação ao Toronto FC

*

Folha - O que você tem achado da organização da Copa do Mundo e das manifestações contra ela?
Júlio César - Estou focado nesse atual momento no Canadá, tenho acompanhado pouquíssimo as manifestações, as construções de estádio. Quero me envolver o menos possível. Não gostaria de falar sobre esse assunto, há pessoas mais gabaritadas para falar sobre isso.

Poucos jogadores da seleção têm experiência em Copas. Isso pode fazer diferença em campo?
Isso não influenciaria nenhum momento nessa competição. Muita gente fala sobre ter uma seleção com jogadores experientes e com jogadores jovens, de fazer essa mescla. Mas, mesmo que alguns jogadores não tenham disputado a Copa do Mundo, eles já são consagrados, respeitados internacionalmente. Não faz muita diferença.

Quem é o melhor goleiro brasileiro que já atuou em uma Copa?
Com todo respeito a outros goleiros, vou falar mais do meu tempo, do Taffarel e do Marcos. Taffarel, por ser meu ídolo, por ter tido uma participação decisiva na final [de 1994]. E o Marcos porque fez uma Copa do Mundo brilhante em 2002, uma Copa muito regular. Nos momentos em que o Brasil precisou, ele correspondeu bem, principalmente no jogo [das oitavas de final] contra a Bélgica, em que ele fez defesas importantes, e na final também [diante da Alemanha].

Na única Copa no Brasil, em 1950, o goleiro Barbosa foi muito criticado. Você pensa nisso?
Muita gente faz essa pergunta, mas procuro pensar o menos possível sobre essa situação. Pode acontecer, como aconteceu. Mas você tem que ser mais otimista do que pessimista. Na Copa das Confederações, a gente já provou um pouquinho do que vai ser a Copa. Quando tenho a oportunidade de conversar com meus companheiros, a gente não vê a hora de essa Copa começar e de viver aquele clima de novo.

Você fez uma Copa das Confederações de destaque e ficou alguns meses sem jogar. Isso é um problema? Como você está fazendo para se preparar?
Estava sendo um problema. A partir do momento que eu voltei a jogar ele foi solucionado. Vou deixar claro que minha situação com o Queens Park Rangers foi uma coisa burocrática, um problema de contrato. O clube queria reduzir meu salário, eu não quis reduzir. E eles optaram por me deixar fora do elenco, fazendo uma guerra psicológica porque sabiam que eu queria jogar a Copa do Mundo. Acabaram usando isso contra mim. Mas em janeiro tudo se resolveu, chegamos a um acordo, voltei a jogar e estou me sentindo fisicamente e psicologicamente muito bem.

Você pensou em voltar ao Brasil?
Cheguei a conversar, mas sem acordo com nenhum time.

Alguém da comissão técnica da seleção chegou a alertar você sobre a necessidade de voltar a jogar antes da convocação final?
Não. Nunca me pressionaram. O que a comissão vem fazendo comigo é uma coisa formidável. É uma confiança enorme no meu trabalho. Por isso senti a necessidade de jogar, porque chegar à Copa do Mundo sem jogar é complicado, você chega sem ritmo de jogo.

Adriano Vizoni - 31.mai.13/Folhapress
Júlio César treina com a seleção brasileira no Rio
Júlio César treina com a seleção brasileira no Rio

Você pensa em continuar no Canadá depois da Copa?
Fiz um contrato de empréstimo até dezembro, mas tem uma clausula do meu contrato que me permite voltar ao meu clube [Queens Park Rangers] em agosto. Quero deixar uma boa impressão para o torcedor canadense, para o americano. Mas acho que depois da Copa do Mundo muita coisa pode acontecer, não tem como fazer planos.

Como é sua relação com o Toronto FC?
Realmente me encantei com a estrutura, com a cidade, com o profissionalismo da MLS [liga de futebol norte-americana], o que eu não esperava, para ser sincero. Falo para quem não conhece a MLS para acompanhá-la, é uma liga que está crescendo muito. Logo será respeitada internacionalmente tanto quanto outros campeonatos.

A jornalista MARÍLIA MIRAGAIA viajou à convite da Tourism Toronto

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