Barra brava argentino impede na Justiça envio de dados para o Brasil
Um barra brava argentino que foi preso na Copa da África do Sul, em 2010, conseguiu uma liminar na Justiça impedindo que o governo de seu país enviasse suas informações de antecedentes criminais para as autoridades brasileiras responsáveis pela segurança no Mundial deste ano.
O torcedor é membro da HUA (Hinchadas Unidas Argentinas), uma ONG que reúne 38 barras bravas (torcidas organizadas conhecidas por sua violência) de times de fora da primeira divisão na Argentina.
A entidade desembarcará com 650 integrantes no Brasil para a Copa.
Em seu pedido à Justiça, a advogada da HUA, Débora Hambo, alegou que lei argentina que regulamenta as torcidas proíbe que informações sobre processos em andamento ou antecedentes criminais sejam fornecidas sem a autorização da pessoa envolvida.
Hambo agora tentará esse recurso de amparo para mais 19 torcedores da HUA.
As autoridades policiais de Brasil e Argentina haviam se comprometido a trocar informações sobre torcedores com históricos de violência e antecedentes penais.
"Não somos contra nenhuma ação preventiva da polícia brasileira, mas não queremos que os nossos torcedores sejam perseguidos por causa de qualquer ação pendente", disse Hambo à Folha.
A advogada não revela o nome do torcedor que conseguiu a liminar. Ele, assim como outros 17 membros da HUA, foram presos e/ou deportados na Copa da África do Sul, em 2010.
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