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Copa será início de 'parceria' entre barras bravas e torcidas organizadas

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Um dos legados da Copa do Mundo no Brasil será diferente do que os organizadores e a Fifa pensaram inicialmente. Está se formando parceria entre torcedores organizados brasileiros e barras bravas argentinos. A Folha apurou que o início da troca de "conhecimentos" será o Mundial.

Cerca de 600 integrantes da HUA (Hinchadas Unidas Argentinas), ONG que reúne as torcidas do país, são esperados no Brasil para acompanhar a seleção de Messi e Cia. Serão recebidos em Porto Alegre pela Guarda Popular, organizada do Internacional. Depois, vão se deslocar para Rio de Janeiro e Belo Horizonte, onde acontecem as partidas da primeira fase.

"Estamos agilizando isso para eles. É o começo de uma troca de experiências", afirma Gilberto Bitancourt Viga, representante da Guarda Popular que foi a Buenos Aires fechar acordo com a HUA.

Em entrevista ao "Diário Olé", da Argentina, ele disse que a organizada conseguiria 200 ingressos do jogo contra a Nigéria, no Beira-Rio, para os barras bravas.

Segundo ele, isso seria obtido graças a "contatos políticos". Em rápida entrevista à reportagem, ele não quis falar em número de entradas nem como seriam obtidas. "Estamos vendo isso", se limitou a dizer.

Um integrante da barra do All Boys, que pediu para não ser identificado, disse à Folha que a HUA prometeu ingressos e hospedagem aos que viajassem para o torneio e que contavam com a ajuda de "irmãos" brasileiros para isso.

O chefe da organizada do All Boys é Eduardo Gastón, "El Gordo", muito ligado a Pablo Álvarez, o Bebote, líder da barra do Independiente e cotado para ser o "chefe" dos barras bravas que vem ao Brasil. Foi a Bebote que Viga prometeu os ingressos e estadia durante o torneio.

"As negociações estão bem avançadas e a relação entre as torcidas argentinas e brasileira está cada vez melhor. Deve ir além da Copa", confirma Debora Hambo, advogada da HUA.

Há conversas em andamento com chefes de torcidas de outros clubes brasileiros. Barras bravas é como são chamados o núcleo de torcedores mais violentos dos clubes argentinos. Com influência política, tiveram a viagem ao Mundial de África do Sul, em parte, financiada por organizações ligadas ao governo federal.

"Para ir ao Brasil, isso não vai acontecer. A HUA conseguiu os recursos com doações, rifas de camisas e outras contribuições", garante Hambo. Ela não esclareceu a origem das ofertas.

Viga, conhecido como Giba, não é o principal "negociador" pela parte brasileira. As tratativas começaram no ano passado por Hierro Martins, antigo chefe da Guarda Popular. A Folha tentou conversar com ele, mas não respondeu ás mensagens.

"Começamos a manter contato diariamente por rádio e fomos acertando as coisas. Eles manejam a parte econômica muito igual a mim. Existe uma diferença enorme do jeito que eles lidam com as torcidas lá, através de muita violência, aqui não tem como a gente fazer isso. Não queremos a violência, mas estamos usando a mesma escola econômica deles para manejar os nossos negócios por aqui. Dentro da legalidade, porque lá eles têm muita coisa ilegal, todo mundo sabe", disse Martins, em entrevista ao portal Terra no início deste mês.

Ele se descreveu como "homem de negócios".

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