Ele tem 21 anos e joga no obscuro futebol húngaro. Não atua na sua seleção desde novembro de 2012. Só a defendeu em sete partidas e, por 90 minutos, uma única vez.

Mas o técnico Safet Susic demonstrou confiança em Muhamed Besic e, ao divulgar nesta segunda-feira os convocados da Bósnia-Herzegóvina para a Copa do Mundo, o apontou como o único dos seus atletas que pode parar o craque argentino Messi na estreia, no Maracanã, em 15 de junho.

Os bósnios ainda enfrentarão a Nigéria, em Cuiabá, em 21 de junho, e o Irã, em Salvador, no dia 25.

Besic, que atua como lateral direito, zagueiro e volante, se tornou o mais jovem atleta a defender a seleção bósnia, em 2010, aos 18 anos.

Nascido na Alemanha e filho de bósnios, Besic jogou no Hamburgo antes de se transferir para o Ferencvaros, da Hungria.

Além dele, outros cinco convocados nasceram fora da Bósnia: Kolasinac e Misimovic também na Alemanha; o capitão Spahic e Mujdza na Croácia; Hajrovic na Suíça.

Outros dez selecionados deixaram o país durante sua juventude por causa da guerra de independência, entre 1992 e 1995, ou da crise econômica que resultou dela.

Uma das seis repúblicas que formavam a Iugoslávia, a Bósnia não teve sua separação inicialmente aceita pela Sérvia. Também ficaram independentes Croácia, Eslovênia, Macedônia e, em 2006, Montenegro.

Mais de 100 mil pessoas morreram devido aos combates na Bósnia. No mínimo um milhão de cidadãos se refugiaram em outros países.

Não é à toa que dez dos jogadores chamados por Susic defenderam outras seleções nas categorias de base: Canadá, Alemanha, Holanda, Luxemburgo, Bélgica, Croácia, Iugoslávia, Áustria e Suíça.

	Reprodução/Fradi.hu

CORTE OBRIGATÓRIO

Susic convocou 24 jogadores, um a mais do que haverá na lista final de 2 de junho.

Ele aguarda a recuperação do machucado lateral direito Mujdza, que corre risco de ser o atleta cortado.

O volante Rahimic, 38, do russo CSKA, aceitou apenas compor a comissão técnica.

A lista possui só dois atacantes, Dzeko e Ibisevic, ambos titulares. Mas Susic prometeu escalar somente um deles contra a Argentina.

Eliminado como jogador da Iugoslávia nos pênaltis, nas quartas de final da Copa de 1990, pela equipe de Maradona que seria vice-campeã na defesa do título, o técnico bósnio disse considerar mais forte o atual time argentino.