Diferentemente do que aconteceu na história das Copas do Mundo, a seleção brasileira poderá ser campeã mundial sem contar, pela primeira vez, com nenhum jogador de Palmeiras e São Paulo.

Apesar de o Botafogo ser o principal clube em relação à quantidade de jogadores convocados na seleção brasileira, com 47, os dois clubes paulistas têm uma tradição mais vencedora que o time carioca pela equipe do país.

Nos cinco títulos mundiais da seleção (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002), somente os arquirrivais de São Paulo tiveram jogadores presentes em todas as comemorações.

Na Copa de 1958, disputada na Suécia, os jogadores De Sordi, Mauro, Dino Sani eram do lado são-paulino, enquanto Mazzolla defendia a equipe palmeirense. Já em 62, Bellini, que levantou a taça da Copa anterior, e Jurandir jogavam pelo time do Morumbi, e Djalma Santos, Zequinha e Vavá eram do Palmeiras.

Em 1970, apenas Gérson era do São Paulo, e Leão e Baldocchi, da equipe do Parque Antarctica. Nos Estados Unidos, em 1994, Muller, Cafu, Zetti e Leonardo foram os convocados pelo time tricolor, enquanto Mazinho e Zinho vestiam a camisa do rival.

Por fim, na conquista de 2002, a seleção brasileira tinha três jogadores do São Paulo ( Rogério Ceni, Belletti e Kaká), e somente o goleiro Marcos entre os palmeirenses.

Mas, o Brasil também já disputou Mundiais com atletas dos dois clubes e não saiu vitorioso em campo ao término da competição.

Em 1974, por exemplo, os dois clubes contaram com a maior quantidade de jogadores convocados. O Palmeiras tinha seis nomes na lista e o São Paulo, dois. E mesmo assim, o time nacional foi eliminado pela Holanda e ficou fora da final do torneio.

Já o Fluminense participou em quatro conquistas, ficando de fora em 2002, quando o mesmo Scolari não chamou nenhum atleta do time das Laranjeiras.

	Julia Chequer/Folhapress
	O goleiro Marcos, jogador do Palmeiras na Copa-2002, durante seu jogo de despedida