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De bota para proteger o pé a alvo do marketing, veja evolução da chuteira

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Do duro couro até a tecnologia com materiais supermacios, a chuteira mudou muito desde a primeira Copa, em 1930.

No começo, eram botas, usadas pelos jogadores para proteger o pé. Depois ganharam travas e foram diminuindo de tamanho e de peso.

Deixaram de ser apenas pretas, passaram a serem feitas com materiais sintéticos, ficaram mais leves e viram atrações de marketing.

E no Mundial deste ano, o visual do modelo da Nike vai mudar, ganhando um cano alto. A empresa lançou a chuteira com uma espécie de meia acoplada que, segundo a empresa, vai aumentar a sensibilidade do jogador ao chutar a bola.

SÉCULO 16

Na página eletrônica da Fifa, consta que o primeiro registro de uma chuteira de futebol apareceu no inventário do rei inglês Henrique 8º em 1526.

Conforme apontam relatos, o calçado era de couro firme e com um salto alto. Só que os pesquisadores dizem acreditar que seja difícil que o monarca tenha jogado realmente futebol, pois o esporte ainda não era praticado pela nobreza.

No século 18, os jogadores usavam botas pesadas com longos cordões e biqueiras de aço. A novidade, então, era a colocação de travas ou tachas na sola.

Nas primeiras Copas ainda se usava 'botas' que muitas vezes não resistia à chuva e ao barro dos campos.

Na Copa de 1938, por exemplo, Leônidas da Silva marcou, sem chuteiras, um gol na vitória do Brasil sobre a Polônia por 6 a 5. Naquele dia, choveu muito e o gramado estava encharcado. Com o campo assim, o calçado não resistiu durante uma jogada, e descalço, o atacante brasileiro deu continuidade ao lance e fez o gol.

Com a tecnologia, os canos das chuteiras foram diminuindo e as chuteiras deixaram de ser um mero equipamento de jogar futebol, tornando-se um item de marketing.

E os jogadores passaram a ser disputados pelas empresas interessadas em patrocinar as grandes estrelas do esporte.

"Com o surgimento das grades empresas esportivas na década de 50 a evolução acelerou com a necessidade de exposição das marcas através de atletas", disse gerente de planejamento da empresa Fila - Grupo Dass, Rafael Berwanger.

"Hoje as chuteiras são cada vez mais um produto de desejo, visto a grande exposição do futebol no mundo através dos grandes campeonatos e seus atletas. Os materiais utilizados são os mais diversos, desde laminados, fibras sintéticas, até couro de canguru, chegando a pesar 150 gramas", continuou.

Pelé foi garoto-propaganda da Puma em 1970 e ao pedir uma pausa, antes do jogo, para amarrar a chuteira atraiu os holofotes para a marca da empresa.

O gesto de mudar a cor da chuteira, que atualmente é corriqueiro, soou como rebeldia no começo dos anos 80. Naquela época, o atacante Walter Casagrande, um dos principais nomes da Democracia Corintiana, usou modelos brancos. O jogador já se diferenciava dos demais por deixar a camisa para fora do calção e jogar com meias arriadas.

Foi, principalmente, a partir da Copa de 1998 que as outras cores passaram a ser frequentes nos Mundiais. Naquela Copa, por exemplo, o goleiro Taffarel usou um modelo verde e amarelo, da Diadora, e Ronaldo, um prata e azul, da Nike.

Quem ousou em 2013 foi o atacante italiano Mario Balotelli, patrocinado pela Puma. Em uma partida do Milan, o atleta utilizou uma chuteira especial com desenhos de jornais com notícias sobre a sua carreira.

Assim como a Nike que criou chuteiras com cano alto para a Copa de 2014, a Adidas também divulgou que tem um projeto para criar uma uma chuteira que parecerá com uma bota. De acordo com a empresa, esse modelo deve ser concluído até o fim deste ano.

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