O técnico da Argentina, Alejandro Sabella, há algum tempo tenta pôr um freio na empolgação dos torcedores e da imprensa. Mas a presença de Messi, admite, deixa o time com "aura de campeão".

Em entrevista por telefone concedida à Folha no início de abril, ele já declarava não ter qualquer preocupação com a condição física do principal craque de sua seleção.

Disse também que o primeiro objetivo é passar das quartas de final. A última vez que isso aconteceu foi em 1990, quando o time decidiu o título com a Alemanha.

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Folha - O torneio ser na América do Sul faz a Argentina ser ainda mais favorita ao título, ao lado do Brasil?
Alejandro Sabella - Não gosto desse tipo de triunfalismo. É algo que pode dar errado. Sabemos que somos uma potência do futebol, mas não podemos nos empolgar demais. Apesar de toda a nossa competência, só ganhamos duas vezes. A responsabilidade é imensa porque somos um país de pessoas apaixonadas pelo futebol.

Mas todos imaginam que a Argentina é uma das grandes candidatas ao título.
Nosso primeiro objetivo é chegar às semifinais. Superar o que os times dos últimos [cinco] Mundiais fizeram.

Uma das críticas mais comuns à seleção argentina é sobre a defesa. Esse setor o preocupa?
É uma questão de ocupação de espaços. As comparações são feitas com o nosso ataque. Nosso ataque é temível e temos o melhor atacante do mundo [Messi].

Depois de quatro anos como melhor do planeta, Messi perdeu esse título e vem de uma temporada em que não esteve no mesmo nível de antes, com lesões. O senhor se preocupa com a condição dele?
Não tenho nenhuma preocupação com Messi. Ele está bem. Queremos que esteja à vontade. Todos os times gostariam de tê-lo em campo. Nós temos. Ele nos faz ter uma aura de campeões.

	Juan Mabromata/AFP
	Sabella gesticula durante a vitória de 3 a 0 da Argentina sobre Trinidad e Tobago