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Para Inglês Ver: Tudo de acordo com o regulamento

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"O futebol pertence a todos, mas quem manda somos nós", foi o grito de batalha desafiador do tio Sepp depois que ele se reelegeu sem oposição para presidência da Fifa em 2011 –e a sensação era a de que a frase tivesse saído de um pesadelo sobre um futuro orwelliano.

E a propensão do presidente da Fifa ao duplipensar ressurgiu em São Paulo na segunda-feira (9) no final do dia, quando ele se pronunciou sobre a mais recente leva de acusações e alegações quanto ao completamente lícito, limpo, liso e com certeza totalmente idôneo (isso basta –Advogados do Fiverão) processo de disputa para sediar a Copa do Mundo vencido por aquele país conhecido como avançado centro futebolístico e com condições climáticas ideais para a prática do esporte, o Qatar.

Primeiro tio Sepp demonstrou dificuldade para explicar as alegações: "Vimos o que a imprensa britânica publicou. Não sei qual é o raciocínio por trás disso, mas precisamos manter a unidade". Mas aí a inspiração surgiu: "Uma vez mais surge uma espécie de tempestade contra a Fifa com relação à Copa do Mundo do Qatar. Lastimavelmente existe grande dose de discriminação e racismo, e isso me machuca. Isso realmente me entristece demais".

Pobre e tristonho tio Sepp, que de forma alguma poderia estar dizendo aos membros da Confederação Asiática de Futebol participantes da reunião aquilo que eles queriam ouvir, em busca de apoio para sua nova campanha presidencial. (Se bem que, isso posto, a alternativa seja considerar que ele realmente acredita que "discriminação e racismo" sejam a causa das alegações, o que desperta ainda outras questões).

A Confederação Africana de Futebol, cujos dirigentes foram o foco de muitas das alegações de corrupção mais recentes, parecia, de sua parte, mais zangada do que triste, protestando contra os "repetidos, deliberadamente odientos e degradantes" ataques da imprensa britânica contra os cartolas da região.

A declaração da Confederação Africana termina com a organização declarado seu apoio "total e irrestrito" ao presidente Issa Hayatou e à sua "liderança distinta e transparente", a mesma que o viu propor uma mudança de regras, posteriormente aprovada em votação do conselho da entidade, para as candidaturas à eleição presidencial da confederação em 2012, cujo efeito principal, por coincidência, foi barrar a candidatura do único homem que estava se preparando para se opor a Hayatou.

E o humor lacrimoso do tristonho tio Sepp dificilmente pode ter sido beneficiado por Jack Warner, que deixou a Fifa depois de cair em desgraça em 2011 e chutou de bico ao declarar à ITV News (aparentemente falando sério) que "se Blatter tivesse uma gota de decência, ele não estaria mais na Fifa... Sob Blatter, a Fifa jamais mudará". (E pode inserir aqui sua piada pessoal sobre uma aula de ética ministrada por Jack Warner.)

Ainda assim, todo mundo pode se animar com o festival bienal de vol-au-vent também conhecido como Congresso da Fifa, que começou nesta terça-feira (10) em São Paulo.

As alegações sobre o Qatar aparentemente serão discutidas, e o tio Sepp deve declarar sua intenção de disputar ainda mais uma reeleição. A agenda completa da reunião está disponível no site da Fifa –e todos devemos ficar de olho no tristômetro do tio Sepp quando Julio "judeus não gostam de trabalhar pesado" Grondona e Angel "não existe racismo no futebol espanhol" Villar Llona apresentarem seus relatórios.

"O futebol pertence a todos, mas quem manda somos nós!" É verdade. E isso faz o Fiverão estremecer.

Yahya Arhab-19.dez.2013/Efe
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, durante uma entrevista
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, durante uma entrevista

FRASE DO DIA
"Até onde podemos dizer, os termos da transferência continuam a constituir um contrato obrigatório. O Chelsea jogou na nossa velha casa em Firs Park. Mas temos certeza de que o segundo jogo não aconteceu. Quem não pede não recebe, e por isso enviei ao Chelsea uma carta informando que eles nos devem uma partida em Stamford Bridge. Eles responderam dizendo que estudarão o assunto" –Tony Ford, presidente do East Stirling, se preparando para forçar o Chelsea a um amistoso de pré-temporada relacionado à transferência de Eddie McReadies, em 1962, que segundo os empoeirados documentos do caso ainda não rolou.

NOTAS E NOVIDADES
Quaisquer esperanças restantes que Randy Lerner tivesse quanto a vender o Aston Villa foram espetacularmente torpedeadas pela contratação do ex-jogador em atividade Joe Cole, por Paul, o Ambicioso [Paul Lambert, o treinador da equipe]. Cole se unirá a Philippe Senders entre os refugos abrigados no Villa Park.

*

Robin Van Persie escapou de uma lesão séria depois de ser atropelado por um kiteboarder durante um passeio em uma praia do Rio. "Não há motivo para preocupação, não foi nada sério, só alguns arranhões", acalmou um cartola holandês.

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Diego Maradona tomou por alvo o vulcão adormecido que serve de sede para as malignas tramas da Fifa. "É um poder feio. Se eles ganham três bilhões de libras com uma Copa do Mundo e o campeão fica com 26 milhões de libras, a diferença é inacreditável. A Fifa está engolindo a bola", rugiu a lenda baixinha do futebol.

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Eden Hazard não planeja agravar ainda mais a briga entre o Paris Saint-Germain e a federação francesa de futebol;"Já estou negociando um novo contrato com o Chelsea. O PSG jamais me sugeriu qualquer coisa pessoalmente", explicou Hazard, o que explica para serve o Sr. 15%.

*

Damien Duff simplesmente foi lá e assinou contrato com o Melbourne City.

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O Hibernian, da Escócia, demitiu Terry Butcher depois de ele ter conduzido o time à terra prometida da segunda divisão.

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O Sunderland está chateado depois de ter transformado Jack Colback de um juvenil franzino em um meio-campista limitado como ele é hoje no Newcastle. "Não é questão de dinheiro - o clube concordou quanto a todos os termos que ele exigiu", reclamou um cartola do Sunderland.

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E Brad Friedel, da era mesozoica, deve se tornar o mais velho futebolista a jogar na Premier League, depois de assinar uma renovação por um ano de seu contrato com o Tottenham sob a qual trabalhará também como embaixador da equipe ao mundo da matéria-paga.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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