A presidente Dilma Rousseff está minimamente blindada contra vaias na abertura da Copa da Mundo, mas a cúpula do governo não descarta uma reação negativa por parte da torcida.

Segundo a Folha apurou, integrantes do Executivo federal afirmam estar "psicologicamente preparados" para um constrangimento.

No ritual de abertura definido pela Fifa, não haverá discursos nem declaração oficial de Dilma. Nem sequer a apresentação de autoridades, incluindo a presidente, estava prevista no cronograma da abertura que circulou nesta quarta (11) no governo.

Na Copa das Confederações de 2013, quando o presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou o início do campeonato e deu as boas-vindas às autoridades brasileiras presentes, arrancou uma sonora vaia da plateia quando o nome de Dilma, posicionada a seu lado, foi mencionado.

Blatter reagiu pedindo respeito e "fair play". Em seguida, a petista limitou-se a dizer: "Declaro oficialmente aberta a Copa das Confederações Fifa 2013".

Neste ano, porém, o mesmo ritual não estava previsto até a conclusão desta edição.

No lugar da declaração, três crianças devem marcar o início oficial do Mundial soltando pombas no estádio em homenagem à paz.

CHEFES DE ESTADO
Dilma deve chegar a São Paulo no final da manhã, depois de receber em Brasília a presidente do Chile, Michelle Bachelet.

Às 12h30, está previsto almoço, no hotel Marriott, em Guarulhos, para chefes de Estado e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Segundo o Planalto, foram confirmadas as presenças de autoridades de Angola, Bolívia, Qatar, Chile, Croácia, Equador, Gabão, Gana, Paraguai e Suriname.

Depois do almoço Dilma irá para o Itaquerão de helicóptero, onde acompanhará a cerimônia de abertura e o jogo entre Brasil e Croácia.

Os ministros Aldo Rebelo (Esporte), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Vinícius Lages (Turismo) estarão com Dilma no estádio. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, também confirmou presença no camarote presidencial.

O pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), verá o jogo pela TV no Rio. Ele estará no hospital com a mulher, Letícia. Os filhos gêmeos do casal nasceram prematuros, na semana passada, e estão internados.

Eduardo Campos, pré-candidato do PSB, assistirá ao jogo no Recife, com familiares.