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Copa traz 'novo futebol' para os estádios do Brasil

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Os gramados brasileiros receberão, a partir desta quinta-feira (12), na Copa do Mundo, partidas bem diferentes daquelas que habitualmente se desenrolam neles.

Não é só o nível técnico que tende a melhorar com a chegada de craques do futebol internacional. Dinâmica, ritmo, número de faltas, organização tática e recursos de jogo também serão diferentes.

"Intensidade forte, jogo mais disputado, mais veloz do que o nosso aqui, mesmo no calor", previu Mano Menezes, técnico do Corinthians e antecessor de Luiz Felipe Scolari na seleção brasileira.

"Espaço curto entre a linha de defesa e a linha de ataque. Mesmo que o time esteja se defendendo, porque isso permite que ele marque forte", acrescentou, se referindo à tão falada compactação.

Fotomontagem
Os craques Cristiano Ronaldo (à esquerda), de Portugal, Messi, da Argentina, e Iniesta, da Espanha
Os craques Cristiano Ronaldo (à esquerda), de Portugal, Messi, da Argentina, e Iniesta, da Espanha, que jogarão a Copa no Brasil

"O futebol compartimentado, por setores, com rígida divisão de funções, tem sido, progressivamente, substituído por um jogo mais dinâmico, menos previsível, em que quase todos os jogadores se misturam e trocam de posições. É uma correria organizada, um belo balé coletivo", escreveu Tostão em coluna nesta Folha.

Campeão da Copa de 1970, ele critica o futebol atualmente praticado pelos clubes brasileiros : campeonatos são desorganizados e os jogos tumultuados, truncados, com excesso de faltas, de simulações e de jogadas aéreas. Predominam, do meio para frente, jogadores velozes, alguns habilidosos, mas de pouca técnica".

Mas Tostão acredita que o calor, a umidade e o desgaste de fim de temporada europeia são fatores que produzirão, no Mundial, "muitos jogos fracos e sonolentos, mesmo entre grandes seleções".

"O futebol está muito brigado, tem muita disputa física, acho que será assim na Copa", opinou o técnico do Atlético Mineiro, Levir Culpi, na ESPN Brasil.

TÁTICAS DA MODA

Das 32 seleções, apenas cinco cogitam não escalar uma defesa com quatro jogadores. Quase todas usam um atacante como referência –ou isolado ou apenas mais centralizado.

"Em termos de sistema de jogo, [predominará o] 4-2-3-1 com pequenas variações. Mas isso não é o mais importante", avaliou Mano.

Tornou-se comum usar um zagueiro também numa das laterais, para reforçar a segurança ou priorizar avanços pela outra ala.

Uma opção estratégica das equipes é recorrer a um "falso nove", um jogador de outra função que, em alguns ataques, surge como centroavante.

Variações de esquema tático, aliás, podem se repetir durantes as partidas.

Haverá com certeza a alternância das marcações recuada e na saída de bola do oponente.

"Isso não é uma decisão unilateral. Todo mundo gostaria de realizá-la [marcação por pressão], mas o adversário vai lá e empurra [o outro time para trás] com a posse de bola, e é dela que isso depende", Mano Menezes.

Sim, a valorização do domínio da bola, com mais troca de passes, evitando ataques alheios, virou uma questão fundamental das disputas de estratégia.

Mas talvez a principal preocupação dos treinadores hoje seja a chamada "transição rápida", que significa realizar contra-ataques e recomposições defensivas com vários jogadores e de maneira veloz.

Ter mais atletas ocupando os espaços na defesa, sobretudo atrás da linha da bola, dificulta a ação ofensiva do adversário. E a chegada coletiva num contragolpe é outro ideal buscado.

Todos esses conceitos consolidados no futebol europeu serão vistos nos estádios brasileiros. Mas correm o risco de durarem aqui apenas até o fim do Mundial.

Editoria de arte/Folhapress
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