Dilma é hostilizada pela torcida quatro vezes na estreia da Copa
A presidente Dilma Rousseff e o mandatário da Fifa, Joseph Blatter, foram hostilizados na abertura da Copa, nesta quinta-feira (12), no Itaquerão.
A presidente foi hostilizada quatro vezes durante o dia. Na primeira, antes da partida, os torcedores gritaram "ei, Dilma, vai tomar no c...", enquanto outros gritavam "ei, Fifa, vai tomar no c...".
Os xingamentos contra Dilma foram fortes, mas localizados. Ecoaram na área VIP (uma das mais caras) e em outras partes do estádio. A hostilidade não durou muito tempo, mas acabou voltando após o hino nacional.
A presidente voltou a ser hostilizada após aparecer no telão do estádio, comemorando o segundo gol do Brasil sobre os croatas. O quarto protesto ocorreu próximo ao fim do jogo.
No ano passado, a presidente Dilma Rousseff foi vaiada por milhares de torcedores, por três vezes, antes do Brasil vencer o Japão por 3 a 0, na abertura da Copa das Confederações.
Na oportunidade, Blatter ficou constrangido e chegou, inclusive, a explicitar esse incômodo, quando, ao discursar, perguntou para a torcida: "Onde está o respeito, onde está o fair play?". Foi novamente vaiado.
Por conta disso, a abertura da Copa do Mundo não foi por discursos de Dilma e Blatter. Crianças soltaram pássaros para o alto, simbolizando a paz e a abertura do Mundial.
O uso dos pombos na cerimônia de abertura foi a opção encontrada pela Fifa e pelo COL (Comitê Organizador Local) após os dois presidentes optarem por um papel discreto na festa.
BLINDAGEM
A preocupação com a imagem de Dilma vinha antes mesmo de a partida começar. Ela foi minimamente blindada contra vaias na abertura da Copa da Mundo.
Segundo a Folha apurou, integrantes do Executivo federal afirmaram antes do jogo entre Brasil e Croácia estar "psicologicamente preparados" para um constrangimento.
CHEFES DE ESTADO
Dilma chegou a São Paulo depois de receber em Brasília a presidente do Chile, Michelle Bachelet.
Depois do almoço, a presidente foi para o Itaquerão de helicóptero.
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