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O colombiano: "A seleção da Colômbia é a favorita do grupo, ainda que não o queira"

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Depois de 16 anos de ausência, a Colômbia retorna à Copa do Mundo transmitindo a seus fanáticos torcedores uma sensação ambígua na qual a esperança se mistura à cautela, muita cautela.

Apesar da ausência de seu maior astro, Radamel Falcao GarcÍa, a seleção dirigida pelo argentino José Pekerman conta com uma geração de futebolistas que venceram no cenário internacional, como James Rodriguez, Juan Guillermo Cuadrado, Fredy Guarin, Carlos Bacca e Jackson Martinez, e brilhou nas eliminatórias sul-americanas com um jogo compacto e agressivo.

A consequência é inevitável: horas antes de sua estreia contra a Grécia, todo um país está sentimentalmente unido à equipe e muita gente pensa que a Colômbia é a favorita para se classificar em primeiro lugar do Grupo C.

Ainda assim, a mensagem que a equipe "cafetera" e a mídia especializada estão transmitindo é bem diferente. Eles preferem exaltar as virtudes da Costa do Marfim, elogiar Yaya Touré, Gervinho e Drogba, apontar para a disciplina tática que o técnico italiano Alberto Zaccheroni desenvolveu no Japão, e repetir até o cansaço que os gregos são especialistas na arte da defesa. Para completar esse estranho panorama, somos informados pela televisão, rádio e mídia impressa que Mario Yepes é um defensor muito lento para encarar uma Copa do Mundo, que os laterais Camilo Zuñiga e Pablo Armero atacam bem mas defendem mal, que faltam volantes de marcação no meio de campo —detalhes corretos mas que não definem a realidade futebolística da Colômbia.

Na realidade, o que os colombianos buscam é não repetir os erros do passado. Na Copa do Mundo dos Estados Unidos, a Colômbia foi apontada como candidata ao título por ninguém menos do que o Rei Pelé, depois de humilhar a Argentina por cinco a zero nas eliminatórias. Com Carlos Valderrama, Faustino Asprilla, Josè Adolfo Valencia e Fredy Rincòn como principais nomes, os "cafeteros" chegaram à Copa com ares ganhadores mas, depois de duas derrotas diante da Romênia e dos Estados Unidos, tiveram que fazer as malas e voltar para casa com muito sofrimento e nada de glória.

Com a lição assim aprendida, e sabendo que não se deve tropeçar duas vezes na mesma pedra, a Colômbia chega à estreia na Copa respeitando os rivais e com vontade de passar despercebida ante a própria torcida e as demais.

Mas isso pode ser contraproducente, já que querer esconder o potencial da Colômbia é como tapar o sol com uma peneira.

Quando um time é bom e o demonstra durante dois ou três anos, quando se classifica para a Copa com relativa facilidade, quando a Fifa o coloca entre os oito melhores do mundo, o melhor é aceitar e digerir a inevitável pressão que isso gera, e usar esse voto de confiança para experimentar o salto de qualidade que diferencia as grandes equipes daquelas que são apenas boas.

Sejamos claros: se antes do sorteio dos grupos para a Copa do Brasil alguém tivesse imaginado os três adversários que a sorte reservou à Colômbia, a resposta unânime teria sido positiva.

Além disso, se os colombianos acreditam que o grupo C é complicado, o que podem dizer os costa-riquenhos, australianos e norte-americanos, que realmente integram grupos da morte como o B, o D e o G?

É sempre melhor assumir, e superar, tanto o favoritismo quanto o medo, e a Colômbia é favorita para passar às oitavas de final. Será capaz de confirmar esse favoritismo?

Começaremos a descobrir dentro de algumas horas.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Editoria de Arte/Folhapress
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