Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu

O uruguaio: "Uruguai, outra ilusão"

Mais opções

Dizem que o Uruguai não ganha sua primeira partida em uma Copa do Mundo desde 1970. Dizem que sempre sofre para se sacrificar e dizem que a seleção já não é mais o que era. Mas a Celeste continua fazendo história. Está mais viva que nunca e deseja confirmá-lo aqui, no Mundial do Brasil de 2014.

O país entrou na Copa pela porta dos fundos. Depois de muito sofrer, e de jogar as últimas partidas com a faca no pescoço, se classificou ao bater a Jordânia na repescagem. Mas chegou. Como não participar da Copa no Brasil? Como perder a oportunidade de reviver parte de sua rica história, que marcou a fogo a Celeste no Maracanazo de 1950?

Mas isso é passado. Um passado glorioso, decerto, mas mesmo assim a seleção uruguaia atual tem outros objetivos, os propostos pelo mestre Oscar Washington Tabárez nesses oito anos de processo.

Tabárez mudou a imagem da seleção. Recuperou sua mística, o amor pela camisa, fez com que os jogadores recuperassem sua vontade de jogar pela Celeste. Ele mudou a seleção, e o conseguiu com base em bons resultados.

O Uruguai foi o quarto colocado na Copa do Mundo da África do Sul de 2010, venceu a Copa América em 2011 e terminou em quarto lugar na Copa das Confederações. Tudo isso em pouco tempo, e sempre apelando à história, ao sentimento dos jogadores pela camisa.

O Uruguai de 2014 tem tudo para sonhar. Mantém uma base sólida, contando com homens como Diego Forlán, Diego Lugano, Diego Godín e Edinson Cavani, figuras e referências da seleção; espera por Luis Suárez; e conta com novas figuras que surgiram ao longo desse processo de oito anos, como Gastón Ramírez, Abel Hernández, Nicolás Lodeiro e José María Giménez.

A esperança e as ilusões de três milhões de uruguaios estão depositadas nesse grupo de 23 gladiadores, de jogadores que souberam superar os momentos mais difíceis da eliminatória. E o sonho de vê-los ganhar percorre o país, de norte a sul, de leste a oeste.

A Costa Rica será o primeiro obstáculo. A primeira prova que o Uruguai terá de superar nesta Copa do Mundo. Não será fácil, claro, porque para a Celeste não existem partidas simples; são sempre complicadas, difíceis, duras. É parte de sua história, que envolve primeiro passar pela angústia para depois desfrutar do prazer.

Dizem que dessa forma o prazer do triunfo é maior, e o sabor da vitória adoça o paladar. O uruguaio está acostumado a pelejar, a lutar até o último suspiro para conseguir seu objetivo, e o primeiro objetivo é vencer a Costa Rica.

Depois virá a Inglaterra, e a última partida será contra a Itália. Serão batalhas, partidas a disputar com os dentes cerrados, como agrada aos uruguaios. É parte de sua história, a história que o mestre Tabárez conseguiu recuperar nessa seleção.

Dizem que o Uruguai não ganha, dizem tantas coisas... mas aí está: a mística continua a valer. E ninguém quer se defrontar com ela.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Editoria de Arte/Folhapress
Mais opções

Livraria da Folha

Publicidade
Publicidade

Siga a folha

Publicidade

+ Livraria

Livraria da Folha

Jogo Roubado
Brett Forrest
De:
Por:
Comprar
Festa Brasil (DVD)
Vários
De:
Por:
Comprar
The Yellow Book
Toriba Editora
De:
Por:
Comprar
Futebol Objeto das Ciências Humanas
Flávio de Campos (Org.), Daniela A.
De:
Por:
Comprar
Publicidade
Publicidade
Voltar ao topo da página