A entrevista de Alejandro Sabella antes da estreia argentina na Copa foi uma coleção de negações. Não, ele não revelou o time. Não, ele não quis falar sobre o esquema tático. Recusou-se a comentar sobre os próximos adversários. Saiu pela tangente quando questionado sobre erros de arbitragem no torneio.

Ele saiu do roteiro apenas para agradecer aos torcedores argentinos que viajaram ao Rio de Janeiro para acompanhar a estreia da seleção, neste domingo (15), às 19h, contra a Bósnia.

Uma parte deles fez uma passeata com bandeiraço em Copacabana, neste sábado (14) à tarde.

"A nossa mensagem é de gratidão, de reconhecimento e vamos dar nosso máximo esforço para chegar aos nossos objetivos. Temos o apoio deles", agradeceu o treinador.

Foi um dos raros momentos assertivos de Sabella. De resto, ele preferiu se esquivar de qualquer polêmica. Em entrevista ao diário "Olé", de Buenos Aires, o diretor de seleções, Carlos Bilardo, disse torcer pela eliminação brasileira antes da final porque uma eventual decisão, para a Argentina, seria muito complicada.

"Não penso além da partida de amanhã", afirmou Sabella.

Observado de perto pelo goleiro Sergio Romero, que pouco falou, Sabella não quis comentar erros de arbitragem na competição. Especialmente, o pênalti marcado sobre Fred para o Brasil contra a Croácia.

"Todos somos seres humanos. Todos podemos cometer erros em uma partida de futebol. Isso é ser humano. É muito difícil ser árbitro. São os únicos que não têm torcida", resumiu.

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