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O equatoriano: "Derrotar a Suíça é o que importa"

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Reinaldo Rueda, o colombiano que treina a seleção do Equador desde setembro de 2010 e comandou o processo de classificação para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, acredita que a partida de hoje frente à Suíça é chave para suas aspirações. Uma vitória abriria largo caminho para que os equatorianos cheguem às oitavas de final, em um grupo na qual a França é a favorita.

Os últimos treinos da seleção foram dedicados a reforçar o trabalho da defesa, considerada a parte mais fraca do time. Rueda quer que seus jogadores evitem cruzamentos para a área, levando em conta o potencial dos artilheiros suíços no jogo aéreo. Não será uma tarefa fácil, diante de um equipe bem montada, que ocupa o sexto lugar no ranking da Fifa e superou as difíceis eliminatórias de seu continente com uma rodada de antecedência.

Com que conta Rueda para seu objetivo de derrotar os suíços? Sem dúvida, o entendimento entre os jogadores, que em sua maioria jogaram juntos 16 partidas nas eliminatórias, três na Copa América e 32 amistosos de 4 de setembro de 2010 a 10 de junho de 2014. Durante as eliminatórias, o Equador manteve a invencibilidade jogando na altitude, em Quito (2,8 mil metros), onde conseguiu 22 pontos em oito partidas, com aproveitamento de 91%. Mas seu desempenho como visitante foi muito fraco: 12% dos pontos, nenhuma vitória e apenas três empates. Ainda assim, a equipe terminou a eliminatória empatada com o Uruguai em pontos e se classificou diretamente para a Copa pelos critérios de desempate, condenando os uruguaios a disputar a repescagem.

Mas a percepção generalizada é a de que, ao longo desses 45 meses e 51 partidas, Rueda não conseguiu formar uma equipe equilibrada. O pessimismo quanto ao destino do Equador na Copa tem por raiz o rendimento de sua defesa, errática e insegura, o que ficou acentuado nos amistosos contra o México e a Inglaterra dias atrás. Tudo começa pelo mau momento dos dois principais goleiros, Máximo Banguera e Alexander Domínguez. O primeiro, titular nos últimos amistosos, falhou nos gols dos adversários e protagonizou erros imperdoáveis para um arqueiro que pretende disputar uma Copa do Mundo. Domínguez sofreu uma fratura em um dos dedos de sua mão esquerda, no final de abril, e ficou sem jogar até 10 de junho, quando participou do último amistoso equatoriano contra um time de Viamão, a sede da seleção no Brasil. O terceiro goleiro, Adrián Bone, defendeu a seleção pouquíssimas vezes e lhe falta experiência.

Na defesa, no começo do ano o Equador perdeu o seu melhor zagueiro, Jayro Campos, por uma lesão grave. Ele foi titular da zaga central durante toda a eliminatória, e sua saída abre um buraco na linha defensiva que não vem sendo coberto a contento por Jorge Guagua, um substituto de desempenho muito discreto. O quarto zagueiro, Fricson Erazo, que se transferiu ao Flamengo em janeiro deste ano, não conseguiu se firmar como titular no novo clube, tem ficado na reserva e, como consequência, perdeu ritmo de jogo. Os laterais titulares, Juan Carlos Paredes e Walter Ayoví, não oferecem segurança alguma. E os reservas não despertam a confiança de ninguém.

No meio de campo, a perda de Segundo Castillo por lesão, no amistoso contra o México em 31 de maio, será uma baixa sensível na capacidade de marcação equatoriana, ainda que se espere bom desempenho do homem que certamente o substituirá, Carlos Gruezo, 19, do Stuttgart, da Alemanha. O técnico Rueda também confia na recuperação de Christian Noboa (do Dínamo de Moscou), o qual, caso não possa retornar, deve ser substituído pelo veterano Edison Méndez.

Rueda certamente jogará, como fez até hoje, com dois atacantes: Enner Valencia (Pachuca), goleador do futebol mexicano, e o corpulento Felipe Caicedo (Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos). Abertos nas pontas, ele terá Antonio Valencia (Manchester United) e Jefferson Montero (Morelia, México), e talvez possa contar com Michel Arroyo (Atlante, México). Pela direita, Antonio Valencia é o principal homem da seleção por sua velocidade, deslocamento e inteligência para servir aos companheiros na área. Montero é rápido, tem um drible excelente, mas se perde no momento de cruzar a bola para a área. Os equatorianos sem dúvida sentirão falta de Christian "Chucho" Benítez, goleador morto recentemente.

Em 5 de junho, "El Universo", o maior jornal do Equador, analisou a seleção do país em um artigo: "A equipe de Reinaldo Rueda está dividida em duas. Quanto tem a bola, sabe o que fazer com ela, sabe como causar estrago. (...) Os problemas são graves quando o Equador não tem a bola. (...) Lamentavelmente já não contamos com zagueiros em nível de seleção, e o nível dos goleiros não é bom. É o que temos".

Editoria de Arte/Folhapress

Tradução: Paulo Migliacci

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