Barras-bravas vão ao hotel da Argentina em busca de ingressos
Os dirigentes do futebol argentino chegaram ao hotel onde a delegação está hospedada, na zona sul do Rio. Horas depois, desembarcou no local um grupo de barras-bravas (torcedores organizados violentos do país vizinho).
Representantes da Hinchadas Unidas Argentinas (HUA), entidade "extinta" oficialmente antes do início do Mundial, foram ao local para pedir ingressos.
A AFA (Associação de Futebol Argentino) pagou passagem e hospedagem para 140 cartolas assistirem à a estreia da seleção na Copa do Mundo, neste domingo (15), às 19h, contra a Bósnia, no Maracanã. São dirigentes de clubes de todas as divisões do futebol nacional, além de representantes do futsal, futebol feminino, futebol de praia, Conselho Disciplinar (o STJD argentino) e Conselho de Árbitros.
Cinco deles conseguiram chegar à recepção do hotel e tentaram falar com cartolas que passavam pelo local. Um deles, o presidente do Boca Juniors, Daniel Angelici.
A questão dos ingressos para as partidas é uma polêmica na Argentina. A AFA foi acusada de entregar entradas para barras-bravas de grandes equipes do país e para a HUA. A entidade que comanda o esporte no país nega terminantemente que o tenha feito.
Inicialmente, os barras queriam 600 ingressos para os jogos da primeira fase (200 para cada confronto). Alguns obtiveram por meio de contatos pessoais com dirigentes e até jogadores. Mas não chegou nem perto da quantidade que desejavam. Vários viajaram ao Brasil assim mesmo, na esperança de ter sucesso nos dias anteriores à estreia.
Segundo funcionários, o presidente da AFA, Julio Grondona, está no hotel, mas não foi visto no saguão.
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