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O russo: "Sem astros em campo, um grande astro no banco"

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O maior país do mundo não tem a maior seleção. Mas podemos sonhar —como todo mundo no Brasil—, e nossos sonhos podem ser audaciosos.

É claro que não sabemos o quanto essas ilusões ficarão próximas da realidade. Para responder a essa pergunta, é preciso manter a calma e esperar pelo primeiro jogo. A única coisa que posso dizer com certeza é o seguinte: não existe motivo algum para pessimismo.

A seleção russa teve sorte no sorteio de grupos. Poderia ser pior, mas é claro que isso não significa que todos devamos sair celebrando desde já a classificação para as oitavas. A Bélgica, com sua geração brilhante, é considerada favorita. Coreia do Sul e Argélia ficam abaixo, mas não são adversários assim tão fáceis. E outra coisa importante —lembramos que, 12 anos atrás no Japão, nossa equipe não conseguiu se classificar em um grupo muito parecido— diante da Bélgica (uma vez mais), Japão (um time asiático como a Coreia do Sul) e Tunísia (uma seleção norte-africana como a Argélia).

Foi um momento muito doloroso e péssimo para a nossa fama histórica, e por isso agora tentamos ser cautelosos nas previsões.

Um a zero —esse é o placar mais realista que podemos obter em cada partida da fase de grupos. Fabio Capello é descrito como o maior astro russo, por boas razões. Ele é especialista em montar um catenaccio (ferrolho defensivo), e seu estilo muito simples de jogo propicia aquilo de que mais precisamos —sua majestade, o resultado.

É certo que temos alguns talentos —Kokorin e Shatov merecem atenção, e fique de olho no desempenho de nosso goleiro Akinfeev— mas eles não são grandes astros, não são craques, como se diz na Espanha.

Não temos craque algum no time, mas isso significa que podemos ser um time, se você entende o que quero dizer.

Disciplina é nossa principal arma. A coisa que nos ajudou muito nas eliminatórias quando a Rússia derrotou Portugal com Cristiano Ronaldo e terminou em primeiro lugar de seu grupo.

Dizem que nossa equipe é mais fraca, se comparada a gerações e torneios anteriores, mas Capello compensa essa deficiência. Se houver dedicação, se houver disciplina, teremos sucesso.

Aliás, o que significa sucesso para nós? Não a mesma coisa que para o Brasil, é claro. Somos diferentes, pessoal.

A Rússia não passa da primeira fase há 28 anos, o que inclui o período soviético. A última vez que jogamos um mata-mata foi em 1986 —desde então, duas gerações cresceram sem nem um gostinho de glória na Copa do Mundo. É claro que para a Rússia a palavra sucesso não significa que tenhamos de erguer o troféu e disputar a próxima Copa do Mundo em casa como campeões.

Mesmo que a seleção saia desclassificada nas oitavas de final, o povo ficará contente. Mas costumamos dizer que quanto mais se come, maior o apetite. Ninguém quer estabelecer objetivos ambiciosos demais agora. Mas depois de três jogos, por que não?

Há seis anos, quando a Rússia chegou às semifinais da Eurocopa 2008, aprendemos a acreditar em milagres.

E nesta terça (17/6), todos os nossos pensamentos se voltam à Coreia do Sul —um rival misterioso cuja força real é um grande segredo não só para os torcedores mas também para os jogadores.

Eles estão se preparando para o primeiro jogo sem perder tempo pensando demais. A tarefa é simples: ser uma máquina formada de detalhes perfeitos. E o engenheiro é Don Fabio, que hoje parece ser o único homem da Europa a saber tudo sobre aqueles asiáticos. Seu conhecimento será crucial.

A Rússia quer só um placar de um a zero. Seria um bom começo.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Editoria de Arte/Folhapress
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