Cruzamento pelo alto na área japonesa, e dois gols de cabeça da Costa do Marfim.

Toque de bola em velocidade, no chão, e saem dois dos três gols da Colômbia contra a seleção grega.

As derrotas nas partidas de estreia na Copa expuseram defeitos das defesas de Grécia e Japão, que se enfrentam nesta quinta-feira (19), na Arena das Dunas, às 19h.

E se contra os africanos os japoneses já sofreram com as jogadas aéreas, no jogo contra os gregos o problema é em média 4 cm mais alto.

A régua é clara: a seleção do Japão é a segunda mais baixa da Copa, com média de 1,78 m. Já os gregos estão na terceira colocação no quesito altura, com média de 1,84 m entre os 23 jogadores.

Esses seis centímetros de diferença na médias das duas seleções faz com que a partida desta quinta, em Natal, seja a mais desigual -na estatura- entre todas da fase de grupos da competição.

A Grécia tem sete jogadores -cinco de linha- com 1,90 m ou mais. O Japão, nenhum.

Os confrontos Alemanha x Gana e Croácia x México têm a mesma diferença de altura a favor dos europeus.

"Claro que os gregos são muito altos, mas para lidar com isso temos medidas táticas. Temos nossos lagos positivos também e é neles que temos que focar", disse o capitão japonês Hasebe, 1,80 m.

Entre baixinhos e grandalhões, alemães e bósnios são os com a maior estatura média da Copa (1,85 m), enquanto os chilenos estão na base do ranking, com 1,76 m.

A seleção brasileira, por exemplo, está no meio dessa tabela, com 1,81 m. A média do homem brasileiro, segundo último levantamento do IBGE é 1,73 m. A média masculina no Japão é 1,72 m.

Em entrevista à Folha, o zagueiro da seleção japonesa na Copa de 2010, Tulio Tanaka, afirmou que ter uma das seleções mais baixas do Mundial seria um problema para o Japão no Brasil.

"Só os jogos dirão, mas acho que será um fator crucial para o Japão", respondeu Tanaka, antes da estreia.

"Do meio pra frente o Japão evoluiu muito depois de 2010, principalmente Honda e Kagawa, já a defesa é composta por jogadores que não são especialistas em defender, acho que falta altura e força para enfrentar uma Copa", explicou o zagueiro de 1,85 m que não foi convocado para o Mundial no país onde nasceu, antes de se mudar para o Japão na adolescência.

Morishige (1,83 m) e Yoshida (1,89 m) devem formar a zaga japonesa para encarar os atacantes gregos Samaras e Mitroglou de, respectivamente, 1,92 m e 1,88 m.

REALEZA

A princesa da Casa Imperial do Japão, Noriko Takamado, deve estar na Arena das Dunas. A programação, segundo o comando geral da Polícia Militar, é que ela chegue na quinta-feira a Natal.

A capital potiguar já recebeu os vice-presidentes Joe Biden, dos EUA, e Kwesi Amissah-Arthur, de Gana, na segunda-feira, durante a vitória de 2 a 1 dos americanos.