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Vila Madalena é o ponto preferido da torcida em SP, para desespero de moradores

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Mesmo com uma leve garoa e um vento frio, as chilenas Jaqueline Ramirez e Josefina Pinto conversavam felizes na rua na tarde desta quarta-feira (18), na Vila Madalena, enroladas em uma bandeira de seu país –que já batia a Espanha nas TVs dos oito bares ao redor.

"Aqui está muito bom, gente de todas as nacionalidades", disse Josefina, psicóloga, 26, que vive no Chile.

"Moro em São Paulo há dois anos e não tive dúvida de trazê-la para cá", afirmou Jaqueline, 29. No instante seguinte, apareceram uruguaios com perucas azuis para tirar fotos com as duas.

A menos de 500 m dali, a aposentada Nivia, de 72 anos, estava ainda assustada com o que havia visto no dia anterior, após o jogo do Brasil.

"Era um enxame de gente na rua. Urinaram e fizeram necessidades na garagem das casas. Um som altíssimo até 1h. Ficamos com medo."

É com esse dualidade festa X desordem que a Vila Madalena vem vivendo durante a Copa do Mundo, especialmente na rua Aspicuelta.

A concentração de bares, além da própria fama de bairro boêmio, fez com que a região da zona oeste tenha se transformado no principal ponto de São Paulo para encontro de torcedores, sejam estrangeiros ou brasileiros.

Nos momentos de pico, à noite, os bares ficam totalmente lotados e outras pessoas bebem na rua mesmo, abastecidas por ambulantes.

"Isso aqui está parecendo Woodstock, mas sem nenhuma condição de abrigar tanta gente", disse o presidente da associação dos moradores do bairro, Cássio Calazans.

"De manhã encontramos um monte de lixo com mais de um metro na calçada. Fora o cheiro de urina", disse Bruno Baldow, 32, que trabalha numa empresa ao lado dos bares. "O clima está legal, mas deixa muito estrago."

Os comerciantes também vivem momentos antagônicos. O dono de um dos principais bares da rua afirmou que o movimento está ao menos 50% acima que o normal.

Mas junto veio a preocupação com o ambiente que fica nas ruas. "É muita gente, que encheu a cara, usou droga. Em vez de fechar à 1h, estamos fechando às 22h30. Isso aqui está um barril de pólvora", disse o comerciante, que pediu para não ser identificado com medo de represálias.

Na tarde de quarta, houve mostras que a situação pode ficar mais calma nos próximos dias. Havia diversas equipes da PM; fiscais da prefeitura orientavam bares a não permitirem que clientes bloqueassem as calçadas.

E a Subprefeitura de Pinheiros (órgão da prefeitura) informou que está em esquema especial de coleta de lixo no local. Foram 40 toneladas em apenas um dia.

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