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O uruguaio: "Mau começo e bom final?"

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Um provérbio inglês diz que "para um mau começo, um bom final".

A partida contra a Inglaterra em São Paulo, na quinta (19), não parece ser o melhor cenário para que a seleção uruguaia possa aplicá-lo.

A derrota, decerto inesperada, diante da Costa Rica deixou a Celeste à beira do precipício, à beira de ser eliminada da Copa do Mundo à qual tanto lutou para chegar.

O Uruguai não jogou bem. Esteve abaixo, muito abaixo, do que pode render. Parecia-se muito com a equipe que quase fracassou nas eliminatórias da Copa, aquela que perdia e não encontrava o rumo no gramado.

Não foi a seleção uruguaia que se esperava. Ou melhor: que muitos esperávamos ver no Brasil.

Decepcionou, claro. Porque por mais que os jogadores digam que no futebol "se ganha, se empata e se perde", poucas vezes houve derrota tão clara para um adversário inferior.

A Costa Rica ocupa a 28ª posição no ranking da Fifa e não tem os grandes nomes com os quais a seleção uruguaia conta hoje. Mesmo assim, em campo, os papéis se inverteram, porque foram os costa-riquenhos que jogaram como se fossem a Celeste.

Como o Uruguai tantas vezes fez ao longo de sua historia, a Costa Rica virou o jogo e venceu com autoridade. Deixou o adversário encurralado contras as cordas, grogue, à beira do nocaute.

O Uruguai sabe disso. A equipe técnica e os jogadores sabem que diante da Inglaterra jogarão tudo ou nada. Nem mesmo um empate lhes serve. A vitória é a única alternativa para que possam manter a ilusão de avançar para a próxima fase.

O que fará Tabárez? Modificará a estrutura do time? Escalará Suárez justo contra os ingleses? Tentará outras variações?

Até agora nada se sabe, mas o treinador uruguaio, fiel ao seu costume, tentará mudar o rumo, para redirecionar o percurso da celeste na Copa do Mundo.

Não será fácil, claro. Porque terá um rival duro, muito mais forte que a Costa Rica, e com a mesma necessidade de vencer e de levar os três pontos.

A partida de São Paulo será um jogo de tudo ou nada, no qual tanto os uruguaios quanto os ingleses estarão cientes de que uma vitória os manterá vivos e uma derrota os enviará de volta para casa.

Será um clássico mundial, uma partida com história, e terá a angústia e o sofrimento como tempero adicional.

Uruguai e Inglaterra sabem de antemão que não haverá amanhã caso percam. Sabem que o futuro está em suas mãos, que ele estará em jogo no gramado, e que o conhecerão ao final dos 90 minutos. Talvez haja um minuto para festa ou para sofrer com a derrota. Mas só isso. Nem um minuto mais para duas seleções que tanto deram ao futebol e que se encontram na mesma situação: rumo à glória ou ao fracasso. E as duas sabem disso.

São Paulo as aguarda. A Arena Corinthians sofrerá uma metamorfose por 90 minutos e se transformará em coliseu romano, uma arena na qual os espectadores sabiam que apenas um dos adversários sairia vivo.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Editoria de Arte/Folhapress
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