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No Itaquerão, cambistas cobram mais de R$ 3 mil por ingresso

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Sozinhos, em família ou em grupos de até 20 pessoas, muitos torcedores chegaram cedo ao Itaquerão, na zona leste de São Paulo, na expectativa de acompanhar o duelo entre Uruguai e Inglaterra, às 16h.

Mas o número de pessoas sem ingresso no início da manhã desta quinta-feira (19) também era elevado. A maioria acabou ficando concentrada no Terminal Corinthians-Itaquera por causa dos bloqueios no entorno do estádio. Somente pessoas com entradas passam pelos bloqueios montados pela Polícia Militar.

Alguns cambistas aproveitaram a ocasião para agir, apesar do policiamento. Vestidos como torcedores ou não, eles circulavam entre as pessoas oferecendo ingressos discretamente. Cobravam até US$ 1.500 (em torno de R$ 3.380) dos interessados.

"Teve um que nos pediu US$ 1.000 por cada um dos ingressos. Quando mostramos o dinheiro, o cambista pediu mais US$ 500 para fazer a venda", disse o uruguaio Enzo Melani, 30, que estava acompanhado do amigo Adrian Canavesi, 31, com um placa "We need tickets" ("nós precisamos de ingressos", em tradução livre).

Diego Iwata Lima/Folhapress
Torcedores uruguaios procuram por ingressos no entorno do Itaquerão
Torcedores uruguaios procuram por ingressos no entorno do Itaquerão

Bem humorada, a dupla até pediu a credencial da reportagem da Folha emprestada para entrar no estádio. E admitiu que pensava em comprar os ingressos de cambista, mesmo sem garantias de que as entradas são originais.

"Não tem modo de saber se é verdadeiro. Temos de arriscar. Se der certo, vamos assistir uma partida histórica. Se não der, vamos assumir o prejuízo e ir para a Fan Fest, no Vale do Anhangabaú, tentar se divertir um pouco com a Copa", disse Canavesi.

Os dois amigos estão em São Paulo desde terça-feira (17), vieram diretamente de Montevidéu de avião, e ainda não sabiam se iriam ficar para o restante da Copa do Mundo.

"Vai depender do Uruguai. Jogamos de salto alto contra a Costa Rica e agora teremos dois jogos contra potências como Inglaterra e Itália. Mas resta esperança de classificação, assim como há esperança de conseguir ingressos", disse Melani, aos risos.

Já um grupo de quatro ingleses estava ansioso para conseguir ingressos. Apenas Brian, nascido em Oxford e de 50 anos, tinha entrada. Seus três amigos abordavam as pessoas numa tentativa de comprar um ingresso e encontrar cambistas.

Os amigos ingleses estão acompanhando a seleção inglesa neste Mundial. Viajaram para Manaus e conseguiram assistir ao duelo contra a Itália, no último dia 14. Também vão viajar para Belo Horizonte para acompanhar o duelo contra a Costa Rica, na última partida do Grupo D.

PRIMEIRA COPA

Já o advogado Julio Oliveira, 52, liderou um grupo de 20 uruguaios que deixaram Florianópolis na madrugada de quarta-feira (17) e chegaram a São Paulo nesta manhã de quinta. Nenhum deles, no entanto, tinha ingresso para ver o jogo. E a expectativa era grande, especialmente do garoto Pablo Gatto, 13.

"É a primeira Copa que posso ver e gostaria muito de assistir pelo menos a um jogo da Celeste no estádio. Acredito que ainda vou conseguir", disse Pablo.

"Mesmo que a gente não consiga assistir ao jogo, vamos fazer muita festa e apoio à seleção uruguaia. Depois vamos viajar para Curitiba, de novo de ônibus, para tentar ver Honduras e Equador [dia 20] e dar força para os times latinos", disse Oliveira.

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