Comerciante afirma que ingleses atacados eram pacíficos
Proprietário do bar Guanabara, na região central de São Paulo, onde 14 torcedores ingleses foram atacados com rojões quinta-feira (19), Antônio Augusto da Costa Silva afirma que a agressão foi gratuita e descreve o prejuízo que teve com o incidente.
"Tinha uns 150 ingleses aqui, nas mesas da calçada, alegres e simpáticos, tomando cerveja. De repente, veio um bando e mirou três rojões neles. Dá vergonha desse tipo de gente. Para mim, ficaram dezenas de copos e garrafas quebradas, mas graças a Deus parece que ninguém ficou machucado e a polícia prendeu os bandidos", diz Silva.
De acordo com a PM, o grupo estava vestido de preto e não apresentava uniforme de nenhuma torcida. Além dos disparos de rojão, eles também causaram danos aos estabelecimentos, roubaram bandeiras e invadiram um ônibus ao tentar fugir.
Apesar do susto, Toninho, como é conhecido o comerciante, vai manter o bar aberto todos os dias até o final da Copa por causa do aumento no faturamento.
"Estou vendendo quase o dobro em relação a dias normais. O bar existe desde 1910 e nunca abriu aos domingos e feriados, mas agora vamos direto até 13 de julho", conta.
Toninho descreve a preferência dos ingleses que estiveram em seu bar, vizinho da Fan Fest, desde o final da manhã desta quinta-feira (19).
"Eles são animados e ficam brincando o tempo todo. Quando vi aquele monte de ingleses chegando imaginei que iriam pedir uísque, que é a tradição no Reino Unido, mas eles só bebem cerveja, e muita. O ritmo dos ingleses é bem mais forte do que o dos brasileiros".
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