Itália enfrenta Costa Rica e 'maldição' de 24 anos
Quando o sorteio a jogou no "grupo da morte", a Itália esperava uma primeira fase complicada, enfrentando dois campeões mundiais.
A vitória sobre a Inglaterra por 2 a 1 e o favoritismo diante da Costa Rica, nesta sexta (20), podem encerrar um tabu incômodo: depois de 1990, quando sediou o torneio, a seleção tetracampeã nunca mais venceu as duas primeiras partidas em Copas.
Até mesmo em 2006, quando a Azzurra foi campeã, o início foi complicado, com vitória por 2 a 0 sobre Gana seguida de empate por um gol com os EUA. A classificação só veio na última rodada, quando derrotou os tchecos.
Em 2010, a Itália protagonizou um vexame histórico: ficou em último lugar no grupo. Voltou para casa sem vencer adversários sem maior tradição, Nova Zelândia, Eslováquia e Paraguai.
Agora, o time tem a chance de romper com a "maldição", expressão usada pelos jornalistas italianos.
Para enfrentar os centro-americanos, às 13h, na Arena Pernambuco, o técnico Cesare Prandelli dispõe dos 23 atletas em condições de jogo, mas deve poupar o lateral esquerdo De Sciglio, que se recupera de lesão muscular.
A Itália repetirá o esquema tático da estreia, com Balotelli como o único atacante, e o meio de campo formado por cinco jogadores sob o comando do veterano Pirlo.
Caso supere a Costa Rica, os europeus ficam muito próximos da classificação e poderão jogar por um empate contra o Uruguai, que nesta quinta (19) derrotou a Inglaterra por 2 a 1.
O jogo contra a seleção celeste será no dia 24, em Natal, também às 13h.
Uma alteração em relação à estreia será a entrada do volante ítalo-brasileiro Thiago Motta no lugar de Verratti. Jogará contra outro jogador com raízes no Brasil: Celso Borges, filho do ex-jogador Alexandre Guimarães, que se naturalizou costa-riquenho e disputou três Copas pelo país –duas como técnico.
A Costa Rica, na teoria a equipe mais fraca do grupo, é até agora a grande surpresa da Copa, após a vitória sobre o Uruguai por 3 a 1. Prandelli elogiou o ataque rival e diz que estão mais acostumados a jogar no calor.
Livraria da Folha
- "Faço uma Copa do Mundo a cada duas semanas", diz chefão da F-1
- 'Futebol-Arte' reúne imagens de 'peladas' nos 27 Estados do Brasil
- Jules Rimet sumiu três vezes, mas só brasileiros deram fim à taça
- Teixeira e Havelange enriqueceram saqueando o futebol, escreve Romário
- 'Zico não ganhou a Copa? Azar da Copa'