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Orçamento obriga torcedores a dormir em aeroporto e rodoviária no Rio

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Uma cama confortável é um luxo distante para milhares de torcedores –sobretudo latino-americanos– nesta Copa do Mundo.

Os "desalojados" do Mundial no Rio são jovens sem ingresso e com até R$ 100 para gastar por dia –com esse cacife, até albergues ficam caros.

Chegam quase todos de países como Argentina, Colômbia, Chile e Peru.

A saída tem sido ocupar dois espaços públicos: a rodoviária Novo Rio e a "Fun Zone" do Galeão, área montada pela Infraero no aeroporto do Rio e nos terminais das outras sedes do torneio.

As duas estruturas oferecem pufes, tapetes macios e comodidades como wi-fi grátis, TVs e segurança, mas não foram pensadas para pernoites.

A "Fun Zone" do Galeão começou com cerca de 400 pessoas/dia, mas hoje já são mais de mil. A Infraero não sabe quantos dormem por lá.

E os mochileiros já integraram a "Fun Zone" na logística das viagens. Como o engenheiro mecânico peruano David Diaz, 24, que alugou um apartamento com um amigo que só chegaria três dias depois dele.

Enquanto a reserva não começava, visitou pontos turísticos e conheceu o Rio dormindo no Galeão.

Os atrativos dos aeroportos fisgaram a classe média estrangeira. "Compramos passagens aéreas para nos deslocarmos dentro do Brasil em horários muito ruins por causa do preço. Como descobrimos isso aqui [Fun Zone], reduzimos as reservas e pernoitaremos um terço dos 21 dias no país em aeroportos", afirmou o jornalista argentino Matías Rodriguez, 35, que veio desde Salta, extremo norte do país, com os amigos Verónica Marañón, 32, e Juan Guanca, 38.

Os estrangeiros buscam esses espaços não apenas pela conveniência, mas também pela necessidade. Na madrugada desta sexta (20), sob chuva fina no Rio, cerca de 150 torcedores dormiam na rodoviária Novo Rio.

Segundo quem estava por lá, o grupo vem crescendo à medida que a Copa avança. Uma explicação para esse aumento é que o tempo ruim melou o chamado "plano A" desse pessoal: dormir ao relento em Copacabana.

Sobre a areia, os irmãos Matías Giglio, 21, Enzo Giglio, 18, descansaram por duas noites com outros amigos. Sem ingresso e bolso apertado, já avistam problemas à frente até para voltar a Mendoza, no oeste da Argentina.

"Fazemos artesanato de couro, mas os brasileiros não pagam o que valem", reclamava Matías.

Se no caso da área no aeroporto a Infraero já esperava a "invasão" –a partir da experiência da Jornada Mundial da Juventude Católica em 2013–, a rodoviária foi surpreendida pelos "visitantes", já que o espaço foi projetado apenas como um lugar onde passageiros em trânsito pudessem ver as partidas.

Segundo a rodoviária, os visitantes só podem ficar entre 0h e 9h e estão proibidos de montar barracas. As malas dos torcedores ficam no guarda-volumes e é possível tomar banho pagando R$ 5.

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